Temas como Estado laico e interferência da fé na política foram discutidos pelo pastor e teólogo
Durante uma entrevista concedida para o documentário “Os Movimentos Minoritários à Luz do Liberalismo”, Yago Martins, do canal Dois Dedos de Teologia, falou a respeito da participação de religiosos na política.
Ele foi questionado se líderes religiosos devem sair do debate público e respondeu que não, os religiosos não devem deixar a vida pública.
Em sua resposta, ele lembrou que tentar excluir os cristãos do debate público não é algo novo.
“Desde muito tempo, movimentos cristãos mais fundamentalistas ou radicais foram excluídos do debate comum por causa dos seus argumentos cristãos. Mesmo quando suas pautas eram corretas”, declarou ele citando o exemplo dos cristãos que eram contrários à escravidão nos Estados Unidos e mesmo assim foram tirados do debate sobre a libertação dos escravos.
Ao falar sobre o Estado laico, o professor de teologia e economia ensinou que há vários modelos dessa separação entre Estado e religiões, no modelo inglês, por exemplo, o Estado laico respeita todas as religiões.
“Mas se você pensar no modelo inglês, Estado laico é onde todas as religiões devem ficar caladas”.
Mas a visão mais correta para o termo, segundo ele, é que no Estado laico as lideranças sacerdotais não possuem liderança civil, como acontece no Vaticano e em alguns países muçulmanos.
“Muitas pessoas acabam argumentando que a fé é de esfera privada, e quando você chega na arena pública você tem que ter neutralidade para poder argumentar”, declarou ele citando que Estado laico não é um ateísmo de Estado.
Diante desta visão, o líder religioso que se candidata não está ferindo a laicidade do Estado, porque ele está se candidatando como uma pessoa comum.
“Em uma sociedade plural, você tem que ter um cenário comum de debates entre as visões de mundo”, completou ele.
Assista:
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| Yago Martins. (Foto: Reprodução / Youtube) |
Ele foi questionado se líderes religiosos devem sair do debate público e respondeu que não, os religiosos não devem deixar a vida pública.
Em sua resposta, ele lembrou que tentar excluir os cristãos do debate público não é algo novo.
“Desde muito tempo, movimentos cristãos mais fundamentalistas ou radicais foram excluídos do debate comum por causa dos seus argumentos cristãos. Mesmo quando suas pautas eram corretas”, declarou ele citando o exemplo dos cristãos que eram contrários à escravidão nos Estados Unidos e mesmo assim foram tirados do debate sobre a libertação dos escravos.
Ao falar sobre o Estado laico, o professor de teologia e economia ensinou que há vários modelos dessa separação entre Estado e religiões, no modelo inglês, por exemplo, o Estado laico respeita todas as religiões.
“Mas se você pensar no modelo inglês, Estado laico é onde todas as religiões devem ficar caladas”.
Mas a visão mais correta para o termo, segundo ele, é que no Estado laico as lideranças sacerdotais não possuem liderança civil, como acontece no Vaticano e em alguns países muçulmanos.
“Muitas pessoas acabam argumentando que a fé é de esfera privada, e quando você chega na arena pública você tem que ter neutralidade para poder argumentar”, declarou ele citando que Estado laico não é um ateísmo de Estado.
Diante desta visão, o líder religioso que se candidata não está ferindo a laicidade do Estado, porque ele está se candidatando como uma pessoa comum.
“Em uma sociedade plural, você tem que ter um cenário comum de debates entre as visões de mundo”, completou ele.
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