Evangélicos priorizam mais a economia do que a perseguição religiosa, diz pesquisa

Pesquisa mostra que evangélicos não são tão engajados às pautas políticas conversadores quanto se imagina.


Participantes da conferência Evangelicals for Life 2019 na McLean Bible Church, nos Estados Unidos. (Foto: ERLC)

Evangélicos são mais propensos a se preocupar com o desenvolvimento da economia do que com questões tipicamente associadas ao engajamento político cristão, como a liberdade religiosa e o aborto, segundo uma nova pesquisa.

A LifeWay Research divulgou uma pesquisa, patrocinada pela Comissão de Ética e Liberdade Religiosa da Convenção Batista do Sul (ERLC), explorou as opiniões dos evangélicos americanos sobre política, sociedade e consumo de mídia.

A pesquisa foi realizada em novembro do ano passado com 1.317 entrevistados evangélicos, que identificassem três preocupações de políticas públicas que consideram mais importantes. 

A principal resposta para os evangélicos foi “assistência médica” (51%), “economia” (49%) e “segurança nacional” (43%). Apenas 33% dos evangélicos destacaram a “liberdade religiosa” como uma questão de importância, enquanto só 29% destacaram o “aborto”. Outros 4% citaram os “direitos LGBT” como uma questão importante.

A descoberta pode ser uma surpresa, considerando que influentes líderes evangélicos têm exposto regularmente suas posições sobre sexualidade e aborto. 

“Nossos entrevistados nos surpreenderam com o quão pouco pareciam se importar com causas estereotipicamente evangélicas”, disse Paul Miller, professor da Universidade de Georgetown.

A pesquisa também sugere que os evangélicos se importam menos com outras causas consideradas importantes para os cristãos, como oferecer assistência aos necessitados. Apenas 20% dos evangélicos consideram que “prover os necessitados” seja uma questão de importância política.

“Os resultados desse projeto de pesquisa foram encorajadores, surpreendentes e, em alguns casos, muito indicativos”, disse o presidente da ERLC, Russell Moore, em comunicado. “O que essa pesquisa mostra claramente é que existem forças separando a igreja uma da outra. Isso não deveria nos surpreender. Mas deveria nos convencer”.

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