Comunistas sentem-se ameaçados por quem diz que Cristo é o caminho, diz pastor da China

O porta-voz da organização Voz dos Mártires afirma que o governo comunista da China sente-se ameaçado pela autonomia garantida pela mensagem do Evangelho.


Partido Comunista da China tem aumentado a repressão contra igrejas. (Foto: Reuters/Chance Chan)

Um dos maiores receios do governo da China é que a mensagem do cristianismo se espalhe e ganhe novos adeptos, segundo o porta-voz da organização Voz dos Mártires nos Estados Unidos.

“O Partido Comunista está diretamente ameaçado por essa mensagem”, diz Todd Nettleton ao site Mission Network News. “Eles são diretamente ameaçados por pessoas que dizem que seguir a Cristo é o caminho para alcançar a salvação”.

Nettleton aponta uma razão para esse medo. “A igreja ensina que a salvação não tem nada a ver com o Partido Comunista. A salvação vem através do sangue de Cristo, quando entregamos nossa vida a Cristo e O seguimos”, explica.

O conceito de reverenciar a Deus acima do governo tem incentivado oficiais da China a perseguirem igrejas importantes no país, como o caso da Early Rain Covenant Church, uma das maiores igrejas não registradas pelo Estado.

“O governo comunista está dizendo: ‘Vamos controlar a igreja’”, diz Nettleton, observando que o aumento da perseguição aos cristãos no país corresponde ao crescimento explosivo do cristianismo.

As estimativas da população cristã na China variam. Segundo o jornal New York Times, estima-se que há 60 milhões de cristãos no país, enquanto Nettleton acredita o número pode estar na casa dos 120 milhões. Em comparação, o Partido Comunista na China tem pouco mais de 90 milhões de membros. 

“Os funcionários do partido apenas olham para a matemática e dizem: ‘Espere um minuto, se quisermos continuar no poder, precisamos fazer algo em relação a esse crescimento”, diz Nettleton.

Nettleton acredita que cristãos do mundo todo devem orar pelos cristãos da China, além de usar seus privilégios políticos. A China e os EUA estão em negociações comerciais, mas Nettleton acredita que a liberdade religiosa deve ser incluída nesses acordos.

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