Sudão permite que cristãos marchem novamente por Jesus

Ditador islâmico que governava o país tratava o evento cristão como se fosse um crime.

Marcha para Jesus no Sudão ( Foto: Mohamed Okasha/Associated Press)
O feriado da Marcha para Jesus havia sido suspensa nos últimos anos pelo presidente autoritário do Sudão, Omar al-Bashir, cujo governo foi acusado de assediar e marginalizar cristãos e outras minorias religiosas.

Realizado sempre no final de dezembro, a festa só pode ser retomada após a queda de al-Bashir, que deixou o governo do país africano em abril, quando militares ouviram os protestos pró-democracia e iniciaram a transição de governo que agora é totalmente civil.

As mudanças políticas dos últimos meses foram favoráveis aos cristãos, tanto que os Estados Unidos tiraram o país da lista de perseguidores.

Por isso, no dia 23 de dezembro alguns fiéis da Igreja Evangélica Bahri saíram às ruas da cidade de Khartoum para marchar para Jesus, usando camiseta com o dizer “Eu amo Jesus” e com as tradicionais túnicas coloridas que são típicas no país.

Um orador que conduzia a multidão dizia frases como “Glória a Deus nas alturas. E na Terra, paz, boa vontade para com os homens”, segundo informações do Christian Today.

Um dos anciões da igreja, Noah Manzul, lembrou que durante o regime do ditador al-Bashir, a marcha foi tratada como se fosse um crime. Por isso, o retorno do evento significa “uma expressão da liberdade religiosa”.

“Podemos viver nossas vidas com facilidade”, completou ele que trabalha com crianças órfãos sem-teto e chegou a ser acusado pelo governo ditador de tentar converter as crianças ao cristianismo.

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