Tendências da intolerância na Lista Mundial da Perseguição 2020

Extremismo islâmico, tecnologia e guerra civil são responsáveis pelo estreitamento da hostilidade contra cristãos

Radicalismo islâmico, tecnologia de monitoramento e guerra civil dificultam a vida de cristãos no mundo

A pesquisa realizada pela Portas Abertas entre 1/11/2018 e 31/10/2019 com cristãos de mais de 60 países resultou na Lista Mundial da Perseguição 2020. Entre as informações coletadas, há dados que mostram quais regiões são mais perigosas para os seguidores de Jesus e onde não se vê possibilidade de melhorias. O enfraquecimento do poder dos estados deixa os países da África Subsaariana vulneráveis à ação de 27 grupos extremistas islâmicos. Como consequência, as minorias cristãs enfrentam uma forte perseguição e um descaso das autoridades para punir os agressores. Foram comuns relatos sobre sequestros e mortes de líderes cristãos, incendidos de igrejas, centros de saúde e lojas. Entre os países mais afetados pela ação de muçulmanos radicais estão Burkina Faso, Camarões, Mali, República Centro-Africana e Nigéria. Leia o artigo completo clicando no banner abaixo.

A ideologia extremista islâmica também foi propagada em nações do sul e sudeste da Ásia. O Sri Lanka foi palco dos ataques na Páscoa de 2019, que resultou na morte de mais de 250 pessoas e no ferimento de outras 500. O pequeno grupo NTJ, que era antibudista, vinculou-se ao Estado Islâmico e tornaram-se os responsáveis pelos ataques que deixaram mais de 176 crianças órfãs. No Paquistão, os ataques contra igrejas diminuíram, mas houve um aumento na prisão de líderes cristãos, alguns vítimas da polêmica lei de blasfêmia. Já na América Latina, a agitação social resultante dos colapsos das estruturas estatais favoreceu a ação de grupos e milícias do crime organizado. A impunidade aumentou a vulnerabilidade da igreja e dos líderes. Relatos de extorsão, sequestro, assassinatos, ameaças de morte e expulsão das comunidades foram comuns em países como Colômbia e México.
Tecnologia como arma anti-cristã 
Outra tendência de perseguição envolve os sistemas digitais. Sem a possibilidade de prender 90 milhões de cristãos, o governo comunista da China investe pesado no monitoramento através de tecnologia biométrica e inteligência artificial. Além da proibição de menores de 18 anos frequentarem as igrejas, o estado exige que as comunidades implantem sistemas de reconhecimento facial. Outra maneira encontrada para coibir a propagação do cristianismo é o Sistema de Crédito Social (SCS), que pretende multar os que propagam a fé em Cristo ilegalmente. Essas mudanças impedem a ação discreta dos cristãos clandestinos no país. Na Índia, o BJP partido extremista hindu também conta com a tecnologia para a identificação da população. Além disso, a mídia nacional se encarrega de promover a intolerância contra os cristãos ao acusá-los de serem agentes do ocidente.
No Iraque, o cristianismo está desaparecendo como consequência dos conflitos com países como o Irã. As dificuldades de segurança, educação, saúde e emprego e as ameaças de grupos extremistas impedem que os cristãos retornem às cidades de origem. Os quase nove anos de guerra civil na Síria também afeta a igreja cristã, já que os jovens buscam em outros países a segurança e garantia de um futuro promissor. Restam apenas 744 mil cristãos dos 2,2 milhões seguidores de Jesus pré-conflito.
A Portas Abertas conta com a intercessão e contribuição da igreja brasileira para o fortalecimento de nossos irmãos e irmãs da Igreja Perseguida. 

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