A importância do discipulado para a igreja no Norte da África

Kabil coordena um projeto que treina instrutores para cursos de discipulado e que atualmente conta com cerca de 350 pessoas

Kabil sabe por experiência própria a importância de um bom treinamento de discipulado
“Você deve fazer uma escolha: nós ou Jesus. Você quer sua família ou sua nova fé?” Kabil* não precisou pensar muito quando foi confrontado com essa escolha há 10 anos. “Nada pode se comparar à vida que Jesus me deu”, esse cristão norte-africano disse ao lembrar do momento. Ele obedeceu a uma missão dada por Deus: treinar instrutores que discipulam pessoas no Norte da África.
Você já imaginou como a igreja cresce? Um dos elementos principais é o discipulado: ensinar a novos cristãos o que significa ser um seguidor de Jesus, não apenas em palavras, mas também pelo exemplo. Isso também é realidade em países no Norte da África, como a Líbia, que está no Top 10 da Lista Mundial da Perseguição 2020.
Kabil é um norte-africano que dedica a vida para treinar pessoas. Ele criou uma rede de instrutores que atualmente tem cerca de 350 pessoas. Cristão ex-muçulmano, se converteu em 2004, e sabe por experiência própria a importância de um bom treinamento de discipulado. Pouco depois da conversão, Kabil recebeu a função de professor de estudo bíblico na igreja. No começo, sua família islâmica não foi hostil à conversão. “Mas, em 2008 e 2009, grandes problemas começaram e eu tive que escolher entre minha família e Jesus. Aquela foi realmente uma decisão difícil. Eu decidi seguir ao Senhor e abrir mão da minha família. Eu ainda não tenho contato com minha mãe e tenho pouco contato com meus irmãos e irmãs. Minha vida é totalmente dedicada ao Senhor, especialmente ao treinamento de discipulado.”
Há alguns anos, pessoas que se converteram repentinamente pararam de ir à igreja. A liderança local discutiu a questão e entendeu que faltava treinamento de discipulado. “A necessidade era óbvia. Geralmente, organizávamos um batismo logo após a conversão daqueles que vinham do islamismo. Mas percebemos que, depois que a pessoa era batizada, não voltava para a igreja. Com o tempo, alguns cristãos também não estavam estáveis na fé. Queríamos oferecer um serviço de qualidade, por isso precisamos organizar treinamento para fazer com que a igreja sobrevivese com o tempo”, explicou.
Eles começaram usando um programa de desenvolvimento que foi ao encontro do que precisavam. “Após começar a oferecer o curso, percebemos mudanças entre os irmãos. Vimos que permaneciam na igreja e que estavam progredindo bastante em termos de relacionamento uns com os outros. Testemunhamos muitas mudanças positivas no nível espiritual e na prática também.” (Essa história continua)
*Nome alterado por segurança.

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