Internado após obstrução intestinal, Bolsonaro cita Deus e agradece orações

O presidente da República ficará em observação em São Paulo por três dias. Segundo a equipe médica, não há previsão de alta.

O presidente da República ficará em observação em SP por três dias. (Foto: Jair Bolsonaro/Facebook)

Com um quadro de obstrução intestinal, o presidente Jair Bolsonaro foi internado no Hospital Vila Nova Star após ter sido transferido de Brasília para São Paulo na noite de quarta-feira (14).

Em nota divulgada na noite de quarta, a equipe médica coordenada pelo cirurgião gástrico Antonio Luiz Macedo, informou que o presidente irá permanecer internado e não há previsão de alta.

“O Senhor Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, foi transferido na noite desta quarta-feira para o Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, após passar por uma avaliação no Hospital das Forças Armadas, em Brasília, e ser diagnosticado com um quadro de suboclusão intestinal. Após avaliações clínica, laboratoriais e de imagem realizadas, o Presidente permanecerá internado inicialmente em tratamento clínico conservador”, diz a nota.

Segundo o filho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), o presidente chegou a ser intubado e ficará em observação por três dias em São Paulo. “Ele foi submetido a uma endoscopia e fez alguns exames de imagem também, onde foi constatado entupimento no instestino”, disse Flávio em entrevista à rádio Jovem Pan.

“[Bolsonaro] foi realmente para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para ficar em observação e com cuidados melhores. Chegou a ser intubado, sim, para evitar que ele broncoaspirasse líquido do estômago”, acrescentou, explicando que a intubação já havia acontecido em uma das cirurgias passadas por precaução, mas que não há gravidade. 

Na manhã de quarta, o presidente tinha sido internado no Hospital das Forças Armadas, em Brasília, após sentir dores abdominais durante a madrugada. Ele deixou o hospital por volta das 16h30 e foi levado de ambulância para a Base Aérea de Brasília, onde um avião o aguardava para transferi-lo para São Paulo.

Pedido de orações

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, fez uma oração pela saúde de Bolsonaro na manhã de quarta, durante uma cerimônia no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

“Eu não sei o que há de errado em fazer uma oração, uma vez que a gente respeita a fé. Um país laico não é um país ateu”, iniciou o ministro, que também é pastor. “Vou pedir licença e vou insistir. Agora, de maneira especial, gostaria de orar pela vida do presidente, que foi internado”.

A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, também reforçou o pedido de oração: “Orem por nosso presidente hoje e sempre”, disse nas redes sociais.

O ministro Marcos Pontes, da Ciência, Tecnologia e Inovações, destacou também que “estamos todos orando”. Já o ministro Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, fez um agradecimento. “Graças a Deus, nosso Presidente está bem. Ele vai ficar apenas em observação depois de alguns exames. Agradeço o carinho dos brasileiros e me junto a eles nas frequentes orações por Bolsonaro“, escreveu no Twitter.

Declaração do presidente 

Em mensagem publicada em nome de Jair Bolsonaro nas redes sociais, o presidente associa seu quadro de saúde como uma “consequência da tentativa de assassinato”. Ele fez ainda um agradecimento: “Por Deus foi nos dada uma nova oportunidade. Uma oportunidade para enfim colocarmos o Brasil no caminho da prosperidade.”

“Agradeço a todos pelo apoio e pelas orações. É isso que nos motiva a seguir em frente e enfrentar tudo que for preciso para tirar o país de vez das garras da corrupção, da inversão de valores, do crime organizado, e para garantir e proteger a liberdade do nosso povo”, disse Bolsonaro. “Com honestidade, com honra e com Deus no coração é possível mudar a realidade do nosso Brasil. Assim seguirei!”

Nos últimos dias, o presidente vinha se queixando de soluços persistentes. Em abril, Bolsonaro já havia dito que poderia passar por uma nova cirurgia em razão da facada de 2018. 

Desde o atentado durante as eleições, o presidente da República realizou quatro cirurgias em São Paulo, todas conduzidas pela equipe de Antônio Luiz Macedo no Hospital Vila Nova Star.

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