Irmão André: disposição para mudar os planos

Diante de encontros proporcionados pelo Senhor, Irmão André não tinha medo de alterar o que estava planejado

Ao ver que a revolução avançava em direção à África, Irmão André começou a visitar igrejas em países do continente

Irmão André foi convidado a pregar em várias igrejas de Angola na época em que o país era sacudido pela guerra civil. O governo de fato, comunista, conhecido como Movimento Popular para a Libertação de Angola (MPLA), controlava a região norte do país com base na capital, Luanda. O MPLA era patrocinado e apoiado pela União Soviética e por Cuba.

Como sempre, o propósito do Irmão André ao visitar países não era combater nenhum grupo político, mas fortalecer a igreja e partilhar a Bíblia com os cristãos e qualquer um que tivesse fome de verdade espiritual. Se possível, também esperava anunciar a mensagem cristã aos membros das facções em guerra, para que pudessem buscar uma solução pacífica para o conflito.

No balcão de conexão do aeroporto de Paris, ele se viu ao lado de um senhor que o observava atentamente. “Senhor, acho que o conheço de algum lugar”, disse o homem. “Será?”, respondeu o Irmão André, que continuou a conversa: “De onde é o senhor?”.


Ele era um alto funcionário do governo provisório da Namíbia. Eles não se conheciam, mas tomaram o mesmo avião rumo ao mesmo destino. Durante o voo, o Irmão André foi até onde ele estava sentado e continuaram a conversar. Falaram muito sobre Idi Amin (ditador em Uganda), a situação no Sul da África e as mudanças que varriam o continente. Quando terminaram, ele convidou o Irmão André para visitar a sede de seu governo. Eles tinham também uma base militar. O Irmão André sabia que tanto o governo quanto a base militar eram ligados à guerrilha com que ainda estavam envolvidos.


Desafio aceito

Em certo ponto da viagem, Irmão André foi à sede do governo encontrar-se com o alto funcionário que conhecera no avião. Ele o apresentou a alguns dos outros ministros de Estado e passaram a tarde conversando. Irmão André deixou claro que foi até eles em nome de Cristo. Os homens eram marxistas, combatiam pela libertação e sem dúvida haviam matado muita gente ou ordenado que outros matassem. Porém, pareciam interessados na verdade simples do evangelho.


“Ouçam, há uma coisa que não me agrada nos seus gabinetes”, falou Irmão André. “O quê?”, perguntaram. “Em cada mesa vejo um busto de Lênin”, respondeu Irmão André. “E o que você quer que façamos?”, questionaram. “Quero que deem uma opção ao povo. Lênin não é a única mensagem que há no mundo. Existe uma alternativa e seu nome é Jesus. Deem ao povo a oportunidade de escolher. Certamente nação nenhuma pode ser feliz se seu povo é forçado a viver num sistema que não escolheu - seja político ou religioso. Quero que me deixem colocar uma Bíblia na mesa ao lado de Lênin. Depois, quando as pessoas entrarem em seu quartel-general, verão que vocês são justos... permitem que se escolha entre Lênin e Jesus”, explicou Irmão André.


Para o espanto dele, gostaram da ideia. Então, ele pegou algumas Bíblias na língua local e colocou uma ao lado do busto de Lênin. Toda essa experiência com os líderes guerrilheiros só aconteceu porque um africano que o Irmão André jamais vira antes puxou conversa com ele em um aeroporto. Quem poderia ter arranjado tal encontro senão o Senhor? E claro que não bastava reconhecer esse momento; foi preciso também que ele agisse de acordo, dispondo-se a mudar os planos. Continue o legado do Irmão André na África. Permita que mais cristãos africanos perseguidos por amor a Cristo sejam providos com cuidado físico e espiritual. 

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