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Os direitos de propriedade e o acesso dos cristãos à terra nas nações do sul da Ásia, Índia, Nepal e Paquistão continuam a diminuir.
Na Índia, danos a propriedades de cristãos, incluindo casas e igrejas, continuam sendo documentados. A violência contra cristãos aumentou no país, em parte devido à ideia de supremacia hindu, ou Hindutva, que continua a se enraizar no país.
De acordo com a Federação de Organizações Cristãs Indo-Americanas da América do Norte (FIACONA), em 2023, as estatísticas revelam que a intimidação de cristãos é deliberada .
“Os dados mostram que a violência contra cristãos na Índia é planejada e orquestrada por partidos políticos nacionalistas Hindutva como parte de um projeto maior para criar um estado exclusivamente hindu, com exclusão das pessoas de fé abraâmica”, declarou a FIACONA.
A Christian Solidarity Worldwide (CSW) relatou que uma resolução foi aprovada em 17 de novembro de 2024 por vários conselhos de aldeias no estado de Chhattisgarh, na Índia, efetivamente atropelando os direitos dos proprietários cristãos. Os seguidores de Cristo tiveram a opção de renunciar à sua fé ou perder suas propriedades. A declaração, que afetou cerca de 100 seguidores de Cristo, afirmava que, se os cristãos não abandonassem o cristianismo, suas terras poderiam ser saqueadas.
Os cristãos registraram um boletim de ocorrência por escrito junto à polícia local no dia seguinte, 18 de novembro, e as autoridades visitaram as aldeias afetadas. Quando a polícia chegou, uma multidão de cerca de 1.500 pessoas já havia levado a colheita dos cristãos. A multidão passou a confrontar os cristãos e a polícia para exigir que eles abandonassem sua fé em Cristo ou deixassem a terra.
A polícia supostamente não ofereceu assistência aos cristãos naquele dia, mas dois dias depois, as autoridades permitiram que um Relatório de Primeira Ação fosse registrado. Cerca de 40 cristãos, cujas propriedades haviam sido saqueadas, decidiram não retornar à aldeia, mas sim morar em uma igreja em Michwar.
O presidente da CSW, Mervyn Thomas, condenou o saque de terras cristãs em Chhattisgarh, na Índia.
“A CSW condena os esforços das autoridades locais em Chhattisgarh para efetivamente proibir o cristianismo em suas aldeias, seja forçando os moradores a renunciar à sua fé ou a deixar suas casas completamente”, declarou Thomas .
Em abril de 2025, o TPI relatou que seis famílias cristãs foram despejadas à força de suas casas no estado indiano de Chhattisgarh por se recusarem a abandonar o cristianismo. Os moradores invadiram as casas dos seguidores de Cristo, roubaram seus pertences e usaram a força para expulsar os cristãos de suas casas. Os cristãos foram obrigados a viver em uma floresta.
Além disso, em fevereiro de 2025, um pastor cristão, Subhash Baghel, teria tido seu sepultamento negado por três semanas no estado de Chhattisgarh devido à sua origem cristã.
No Nepal, os cristãos historicamente têm tido dificuldades para enterrar seus mortos no Vale de Katmandu. A Embaixada dos EUA no Nepal declarou em 2022 que os cristãos também enfrentam obstáculos para obter o registro adequado para administrar organizações religiosas.
“Grupos cristãos continuaram a relatar dificuldades para operar como organizações não governamentais... e diversas organizações religiosas relataram maiores dificuldades para renovar ou registrar suas organizações durante [2022]”, declarou a Embaixada. “Grupos cristãos disseram que [também] continuaram a enfrentar dificuldades para comprar ou usar terras para sepultamentos, especialmente no Vale de Katmandu.”
No Paquistão, as leis contra a blasfêmia têm sido abusadas de forma flagrante como forma de tirar terras dos cristãos e de outros grupos minoritários.
A Human Rights Watch relatou em junho de 2025 que cristãos pobres são frequentemente alvos de apreensões de propriedades.
“Acusações de blasfêmia contra cristãos e ahmadis em particular frequentemente forçaram comunidades inteiras a abandonar suas casas e bairros”, afirma o relatório . “Como muitas comunidades minoritárias no Paquistão vivem em assentamentos informais de baixa renda, sem títulos de propriedade, seu êxodo forçado deixa suas propriedades facilmente disponíveis para apreensão.”
O deslocamento de cristãos de suas casas é uma forma crescente de perseguição e intimidação intensa contra os seguidores de Cristo. Leis contra a blasfêmia e grupos religiosos anticristãos militantes continuam sendo uma tendência crescente e um fator que contribui para o sofrimento e a discriminação dos cristãos.