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A comunidade cristã da Nigéria sofreu inúmeros atentados nas mãos de militantes islâmicos esta semana, e a situação pode se deteriorar ainda mais com a aproximação do Natal.
Classificada em 11º lugar no mundo no índice de perseguição anticristã da organização Portas Abertas, a Nigéria registrou mais cristãos mortos por sua fé este ano do que qualquer outra nação, apesar de cerca de metade da população do país ser cristã.
Milhares de cristãos foram mortos somente este ano e milhares mais foram sequestrados.
O bispo católico John Bakeni, da diocese de Maiduguri, afirmou no mês passado que em algumas partes do país a violência havia " assumido um caráter genocida ", enquanto no início deste ano o bispo Wilfred Anagbe alertou que massacres durante festivais cristãos estavam se tornando " habituais " em algumas regiões do país.
Só nesta semana ocorreram inúmeros assassinatos e sequestros.
Um padre católico, o padre Bobbo Paschal, e vários outros membros de sua paróquia foram sequestrados durante uma operação policial na manhã de segunda-feira. Durante o ataque, o irmão de outro padre foi morto.
Em um incidente separado na terça-feira, o vice-diretor da Escola Secundária Abrangente Feminina do Governo em Maga, no estado de Kebbi, noroeste da Nigéria, Mallam Hassan Yakubu Makuku, foi morto ao tentar proteger as alunas. Vinte e cinco estudantes foram sequestradas durante o ataque noturno, a maioria delas cristãs.
Como se isso não bastasse, outro ataque ocorreu durante um culto protestante em Eruku, no centro da Nigéria. Dois fiéis foram mortos no ataque, que aconteceu no meio do culto, e o pastor e várias outras pessoas foram sequestradas.
A frequência dos ataques talvez seja melhor refletida pelo relato de um morador local, que falou com a organização católica Ajuda à Igreja que Sofre (ACC) sobre o sequestro das estudantes.
“Justo quando pensávamos que havia uma pequena trégua nos assassinatos e sequestros, a notícia do sequestro de cerca de vinte e cinco meninas… foi um choque brutal, mergulhando a comunidade em luto”, disseram.
A situação na Nigéria deteriorou-se a tal ponto que o governo dos EUA a adicionou novamente à lista de países " de particular preocupação ".
Ao anunciar a decisão nas redes sociais, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse: “O cristianismo enfrenta uma ameaça existencial na Nigéria. Milhares de cristãos estão sendo mortos. Os islamitas radicais são responsáveis por esse massacre. Por meio deste, declaro a Nigéria um 'PAÍS DE PREOCUPAÇÃO ESPECIAL'”.
Mais recentemente, Trump ameaçou tomar medidas militares contra a Nigéria devido aos ataques contra cristãos.