Perseguição extrema: 11 países mais perigosos para ser cristão

Entenda os fatos que tornam as nações mais hostis aos seguidores de Jesus


Entenda os motivos que colocaram 11 países na classificação de perseguição extrema

Lista Mundial da Perseguição (LMP) 2020 traz 11 países que pontuaram entre 81 e 100 na pesquisa realizada no período de 1/11/2018 a 31/10/2019. Segundo a metodologia, as nações com essa pontuação são classificadas na categoria “Perseguição Extrema” como resultado da intolerância enfrentada em cinco esferas de pressão – vida privada, família, comunidade, nação e igreja – e de violência.

A Coreia do Norte, primeira na LMP desde 2002, manteve a mesma pontuação do ano passado, 94 pontos, sendo 16,7 (máximo por esfera) nas cinco esferas de pressão e 10,9 em violência. Apesar de aparente abertura e negociação com potências como Estados Unidos, não houve melhoria para os cristãos do país. O nível de violência contra os seguidores de Jesus ainda é extremo. Eles são punidos com prisão, obrigados a trabalhar em campos de trabalho forçado e até assassinados. 
Já o Afeganistão manteve a segunda colocação com 93 pontos, a diferença entre o segundo e o primeiro lugar foi de 1,1 pontos na esfera de violência. O alto nível da pontuação é consequência do Estado Islâmico se juntar ao Talibã e ampliar o controle no país. Vários ataques também aconteceram durante as preparações para as eleições em setembro de 2019. A diminuição da violência está mais ligada à dificuldade de conseguir informações nos locais governados pelas insurgências, do que a redução efetiva da perseguição aos cristãos.
A Somália cresceu um ponto e continuou classificada na terceira posição, totalizando 92. Os cristãos do país enfrentam alto grau de pressão e violência por meio de militantes islâmicos e líderes de clãs. Qualquer pessoa suspeita de conversão ao cristianismo será alvo de monitoramento severo e impedida de congregar com pessoas de mesma fé. A guerra civil, a fragmentação social e o tribalismo também são responsáveis por dificultar a existência de cristãos no território. Outro ponto é a caça de cristãos em posição de liderança, eles são alvos de grupos extremistas como o Al-Shabaab.
O quarto lugar foi ocupado pela Líbia, novamente com 90 pontos, três a mais do que na edição anterior. O aumento da violência foi resultado dos maus-tratos que os cristãos migrantes em trânsito receberam, alguns deles acabam em centros de detenção lotados ou sob domínio de traficantes de pessoas, gerando mão de obra para o setor agrícola e prostituição. A ausência de um governo central permite que grupos extremistas e criminosos organizados sequestrem os nossos irmãos e irmãs, muitos deles são mortos de maneira brutal.
Na quinta posição, o Paquistão terminou com 88 pontos. A pontuação de violência continua no nível máximo por consequência de assassinatos de cristãos e ataques a igrejas. A lei da blasfêmia continua a fazer vítimas e permanece como um dos mecanismos para calar a voz dos cristãos. A discriminação dos seguidores de Jesus é institucionalizada, a maioria deles é pobre e está destinada a fazer serviços considerados depreciativos, outros são vítimas de trabalhos forçados. As igrejas que evangelizam e o ministério de jovens enfrentam maior perseguição na sociedade paquistanesa.
Com 87 pontos e uma posição acima do ranking anterior, a Eritreia ficou em sexto lugar com níveis extremos de pressão na vida dos cristãos locais. Além de enfrentarem a oposição da sociedade, eles também têm o governo como um dos maiores inimigos, resultando na dificuldade em ter o mesmo acesso aos recursos comunitários e serviços sociais prestados aos cidadãos comuns. As expectativas de melhorias resultantes do acordo de paz com a Etiópia e a reabertura das fronteiras não mudaram a realidade de ataques às igrejas e detenção de cristãos. Os jovens protestantes são obrigados a servir nas forças armadas e as igrejas não tradicionais são mais perseguidas.
O Sudão perdeu três pontos e ocupou o sétimo lugar com 85. A queda aconteceu principalmente pela mudança de foco da população na segunda metade do período de análise, houve uma concentração de forças nos protestos contra o governo de al-Bashir. Porém, as sérias restrições individuais e coletivas aos cristãosnão mudaram, como a demolição de igrejas e prisão dos que professam a fé em Jesus. Essas ações são consequências da aplicação do conjunto de leis islâmicas chamado sharia. Para reconstruir os locais de culto, os líderes cristãos enfrentam obstáculos nos escritórios do governo para obter a permissão necessária.
Já o Iêmen permaneceu em oitavo na classificação mundial, também com 85 pontos, a diferença maior com o país anterior aconteceu na esfera da violência com 7,8. Isso ocorreu pela diminuição de relatos de incidentes violentos contra cristãos. Por causa da guerra, a maioria dos seguidores de Cristo no território são ex-muçulmanos nativos. Eles precisam manter a fé em segredo porque se descobertos são alvos de sanções das autoridades, dos familiares e de grupos radicais islâmicos.
Irã acabou em nono lugar, com os mesmos 85 pontos da Lista anterior, foram poucas as diferenças nas esferas da vida em relação às demais nações que tiveram a mesma pontuação total. A perseguição do governo aos cristãos ex-muçulmanos é uma tentativa de combater a influência de países ocidentais sobre o regime islâmico. Há vários relatos de líderes cristãos que são detidos e recebem longas penas, no total foram 169 prisões, 114 delas feitas em uma única semana no final de 2018. Apesar da proteção estatal sobre as comunidades histórias cristãs assíria e armênia, esses cidadãos são tratados como de segunda classe e não podem ter contato com irmãos recém-convertidos ao evangelho de fala persa.
Os ataques dos radicais hindus deixaram a Índia novamente em décima posição, com 83 pontos, os mesmos da LMP 2019. O cerco vem se fechando sobre os cristãos e falar sobre a fé para os familiares passou a ser considerado um tipo de evangelismo. As redes sociais são utilizadas para a propagação de intolerância religiosa, o que muitas vezes culmina em homicídios de honra, ataque com ácido, linchamentos por multidões e execuções.
O décimo primeiro lugar foi da Síria, novamente, com os mesmos 82 pontos. Não houve tantas mudanças nos níveis de pressão e da violência. Os destaques são para os sequestros de líderes de igrejas históricas, já nas áreas controladas por islâmicos radicais, os prédios que reuniam os cristãos foram destruídos ou utilizados como centros islâmicos. O que há de comum no país é a forte pressão sobre os que deixam o islamismo. Alguns enfrentam punições da sharia como divórcio forçado e remoção da guarda dos filhos.

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem