Trocamos a teologia da prosperidade pela teologia dos mimados, adverte evangelista

Beth Moore observa que enquanto alguns se afastaram da teologia da prosperidade, outros passaram a aderir à teologia dos mimados.


Beth Moore é fundadora do Ministério Prova Viva em Houston, no Texas. (Foto: Gerry Kahrmann/PNG)
A evangelista norte-americana Beth Moore observa que enquanto muitos cristãos se afastaram do engano da teologia da prosperidade, outros estão aderindo à teologia dos “mimados” que não se sujeitam às correções e dificuldades da vida.

Em um painel de discussão em celebração aos 50 anos da morte de Martin Luther King Jr., ela destacou a importância de uma nova reforma entre os evangélicos. Moore é fundadora do Ministério Prova Viva em Houston, no Texas.

“Temos muito orgulho de não termos aderido à teologia da prosperidade, mas temos aderido a uma teologia dos mimados onde temos muito medo de sofrer, medo de que alguém nos critique e machuque nossos sentimentos”, argumentou.

A evangelista incentivou os cristãos a se fortalecerem, já que o próprio Jesus Cristo foi odiado por causa de sua mensagem. “Este é o trabalho do Evangelho de Cristo e nós estamos com Ele. No que for preciso, não importa quão impopular seja. Ele foi odiado. Nós temos que ter uma pele mais grossa do que isso”.

Diante do aumento das tensões raciais nos EUA nos últimos anos, Moore ponderou que é necessário uma “inversão de papéis”, na qual evangélicos brancos se tornem ouvintes de líderes negros.

“Uma das coisas que eu ouço os líderes de cor dizer é ‘não queremos vir a vocês (brancos) apenas em seus termos”, disse Moore. “Quando você (branco) diz: ‘Nós queremos união e estar todos juntos, mas venha e se una a nós no que fazemos, da forma como fazemos’. Não podemos fazer assim. Não vai funcionar”.

“Eu preciso ir onde não tenho privilégios, não tenho nenhuma proteção”, ela acrescentou. “Eu só vou estar lá no meio de uma massa de pessoas, porque eu tenho que inverter os papéis e ser capaz de entrar e aprender nesse ambiente e ver o que é isso e aprender a partir dessa perspectiva”.

“Não podemos ver como somos co-dependentes se não pudermos deixar nosso relacionamento mudar e deixar que alguém assuma a liderança”, acrescentou Moore.

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