Cristão ex-muçulmano perde apoio de parentes, mas ganha família na fé

Khalid experimentou a provisão de Deus e agora testemunha Cristo aos que o odiavam na Etiópia

Khalid foi expulso de casa por amor a Jesus e hoje consegue sustentar a família com um negócio próprio na Etiópia
Os cristãos ex-muçulmanos perdem mais do que amigos e apoio da comunidade quando decidem seguir a Jesus. Muitos são excluídos da própria família, de quem se espera um amor incondicional. Khalid viveu as dificuldades de ser rejeitado pelos parentes na Etiópia, mas com a graça de Deus e o apoio da Portas Abertas, conseguiu sobreviver de maneira digna apesar da perseguição.
O caminho até encontrar Jesus foi árduo e repleto de dúvidas. “Eu acreditava que o cristianismo era uma mentira, porque você não pode ser Deus e humano ao mesmo tempo. Como um Deus pôde vir à terra, nascido como ser humano, e nos salvar? Por que ele não nos salvou do céu?”, se indagava Khalid. Mas a partir do testemunho de um amigo, os olhos do etíope foram abertos e ele creu em Jesus como o filho de Deus.
Khalid queria saber mais sobre a Bíblia, e então começou a estudar junto com um pastor da cidade onde morava. Após três meses, o cristão foi batizado e passou a frequentar uma igreja. "Todas as minhas perguntas foram respondidas, e eu me tornei um homem livre”, explica. Mas a liberdade espiritual teve um preço: o apoio dos parentes. “Eles disseram que eu traí a família e a fé. Forçaram-me a sair de casa, se recusaram a me dar comida e abrigo, e até me ameaçaram de morte”, relembra.
Uma nova família
Os parentes do cristão achavam que ele mudaria de ideia quando se deparasse com a fome e o desabrigo. Mas Khalid manteve a confiança em Deus, mudou-se para outra cidade e experimentou a provisão diária do pai. “Graças aos cristãos, eu sobrevivi. Fiquei triste por um tempo, mas quando ganhei estes amigos, eles me deram comida e um lugar para ficar”, conta.
Entretanto, o cristão ex-muçulmano queria mais do que depender dos irmãos e irmãs da igreja: "É difícil sobreviver sem trabalho. Ninguém me daria um emprego de verdade. Outros cristãos me apoiaram, mas apenas com comida e roupas”. Então, ele participou de um projeto de geração de renda da Portas Abertas, conseguiu um microcrédito e abriu um minimercado. Agora ele sustenta a esposa e os filhos, e ainda gera emprego por meio do cultivo de cebola e milho.
Logo, a maneira como ele foi abençoado atraiu a atenção dos parentes, que antes o odiavam. Hoje ele tem a oportunidade de testemunhar o amor de Deus para eles. Claro que ele ainda possui outras preocupações, mas não se deixa abater, porque sabe que pode confiar no Senhor.

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