Milton Ribeiro pode ser alvo de inquérito por homofobia, após opinar sobre homossexualidade

 A Procuradoria-Geral da República pediu ao Supremo Tribunal Federal abertura de inquérito contra o ministro da Educação, por possível crime de homofobia.

A PGR pediu ao STF abertura de inquérito contra o ministro da Educação, Milton Ribeiro. (Foto: Isaac Nóbrega/PR)


ministro da Educação, Milton Ribeiro, pode ser alvo de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por possível crime de homofobia, após um pedido de investigação da Procuradoria-Geral da República (PGR).

O pedido foi enviado na última sexta-feira (25) pelo vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, usando como base uma entrevista de Milton Ribeiro ao jornal O Estado de S. Paulo, publicada na quinta-feira (24).

Ao ser questionado sobre educação sexual em sala de aula, o ministro disse que este é importante discutir o tema para evitar gravidez precoce, mas é contra a erotização de crianças e propaganda aberta da ideologia de gênero.

“Acho que o adolescente, que muitas vezes, opta por andar no caminho do homossexualismo, tem um contexto familiar muito próximo, basta fazer uma pesquisa. São famílias desajustadas, algumas. Falta atenção do pai, falta atenção da mãe. Vejo menino de 12, 13 anos optando por ser gay, nunca esteve com uma mulher de fato, com um homem de fato, e caminhar por aí. São questões de valores e princípios”, disse o ministro ao Estadão.

Segundo os argumentos da PGR, Milton Ribeiro teria proferido manifestações depreciativas a pessoas com orientação sexual homoafetiva, podendo incitar discriminação ou preconceito. O relator do caso é o ministro Dias Toffoli, que não tem prazo para decidir sobre o pedido.

Em nota, Milton Ribeiro destacou que jamais pretendeu discriminar ou incentivar qualquer forma de discriminação em razão de orientação sexual. Ele disse ainda que trechos da fala foram retirados de contexto e tiveram omissões parciais, agravando a interpretação equivocada nas redes sociais.

Neste domingo (27), durante viagem a Londrina, no norte do Paraná, Ribeiro reforçou sua posição e destacou seu respeito a todos os cidadãos, independente da orientação sexual. 

“Naturalmente eu tenho minha liberdade também de opinião e ali eu estava me referindo não propriamente aos adolescentes, mas às crianças. Eu respeito muito as opções como ministro de Estado. Como pastor eu tenho minhas próprias convicções, mas, como ministro de Estado, eu sou ministro de todos”, disse.


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