Israel se torna exemplo mundial de sucesso em campanha de vacinação contra Covid-19

 

Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, recebe segunda dose da vacina da Pfizer-BioNTech contra a Covid-19 no dia 9 de janeiro. (Foto: Miriam Elster /Pool Photo via AP)

A população israelense começou a ser imunizada no fim de dezembro de 2020. Em três semanas, o governo informou que conseguiu vacinar 17% da população. A distribuição da segunda dose teve início neste domingo (10).

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, recebeu a segunda dose da vacina da Pfizer e BioNTech contra a Covid-19 neste sábado (9), no Centro Médico Sheba, em Tel Aviv.

Brasileiros que moram em Israel também já estão sendo imunizados. A aposentada Sandra Ciocler, de 60 anos, residente no país há quatro anos recebeu a primeira dose da vacina da Pfizer no dia 31 de dezembro do ano passado.

“Foi meu presente de final de ano. É um sentimento de alívio, porque é difícil esse medo de ficar doente. Eu tenho 60 anos, tenho doenças que se encaixam no grupo de risco”, afirmou.

A Sandra faz parte dos 1,7 milhão de israelenses que já tinham sido vacinados contra o coronavírus desde o dia 20 de dezembro até esta sexta-feira (8).

Segundo o site Our World in Data, o número representa quase 20% da população do país — que tem 9 milhões de pessoas. Com isso, Israel é a nação que mais vacinou seus habitantes no mundo. Na quinta-feira (7), o Serviço Nacional de Emergência Médica de Israel informou que todos os idosos já receberam a primeira dose do imunizante.

Palestinos

O diretor da ONG StandWithUs Brasil, André Lajst, explica que Israel conseguiu atingir esses números porque tem um dos melhores sistemas de saúde do mundo. Ele lembra também que Israel não tratou a pandemia apenas como um problema de saúde pública, mas sim como um problema de segurança nacional. “O problema de segurança nacional envolve não só a Saúde, mas a Defesa, a Segurança Interior, o Exército. Israel envolveu até o serviço secreto.”

Lajst rebate as acusações de que Israel esteja negando a vacinação aos palestinos, com quem, historicamente, o país tem um conflito. No início desta semana, a Anistia Internacional afirmou que Israel é obrigado, pelas leis internacionais, a fornecer o imunizante para os palestinos que vivem nessas duas regiões.

“Desde os acordos de 1994 e 1995, existe a autoridade nacional Palestina. Nesse momento não existiu nenhum pedido para que Israel vacinasse ou doasse vacinas para a autoridade palestina.”

Depois de Israel, aparecem no ranking do Our World in Data os Emirados Árabes Unidos, com 9% da população imunizada. Em seguida está o Bahrein, com 4,4% dos moradores já vacinados.

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