Apesar de serem marginalizados, os seguidores de Jesus no Egito permanecem firmes e fieis ao Senhor
Apesar da perseguição, a igreja egípcia permanece resplandecendo o amor de Cristo |
Neste dia em que é comemorado o centenário da Independência do Egito, compartilhamos em notícia anterior a história de Boutros, cristão de uma igreja copta no Egito. Apesar da perseguição que se estende por séculos, a igreja egípcia permanece firme resplandecendo o amor e a misericórdia de Jesus em um país hostil a sua presença.
Embora o cristianismo tenha raízes profundas no Egito, que remontam a séculos antes do advento do islamismo no norte da África, os cristãos são frequentemente marginalizados e tratados como cidadãos de segunda classe nos tempos modernos. O país ocupa a 20ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2022. Conheça a seguir o testemunho de outros cristãos egípcios que têm perseverado na fé independentemente das circunstâncias.
Viver e morrer por Cristo
“Se eu morrer por Cristo é um privilégio!” - foi essa a frase dita pelo irmão caçula de Mahrousa. Bassen de 27 anos, que morava em Alarixe, cidade assombrada por extremistas islâmicos, foi morto ao levantar o pulso e mostrar que era um cristão por meio da cruz tatuada.
Mahrousa é a irmã mais velha de Bassen.Uma vez ela o questionou sobre a permanência na cidade que tem forte presença de grupos extremistas. Bassen disse que não poderia deixar o trabalho como professor da escola dominical para as crianças de Alarixe. Ele questionou porquê a irmã estava com tanto medo e disse que ele não tinha medo.
Quando ela recebeu a notícia da morte de Bassem, seu mundo desmoronou: "Fiquei chocada e comecei a gritar e chorar.”Mahrousa contou que embora Bassen fosse o irmão mais novo, foi ele quem fortaleceu a fé dela e dos outros irmãos. “Ele se tornou um exemplo para nós”, conta ela.
Os caminhos de Deus são misteriosos
Em 2018, Youssif se reuniu com a família para uma viagem; eles foram em 15 pessoas visitar um templo cristão. Apenas oito pessoas retornaram da viagem, pois no caminho de volta para casa um grupo de extremistas islâmicos atacou a van da família de Youssif e matou metade da família.
Youssif também foi baleado, mas se recuperou no hospital porque os terroristas pensaram que ele estava morto. Apesar da perda e da dor, a relação de Youssif com Deus permanece forte. “Eu senti o toque de Deus. Para mim, Deus é um pai, um irmão, é tudo. Ninguém é tão bom quanto Deus, ninguém é tão compassivo quanto ele. Quando eu o busco, ele não me rejeita. Ele está comigo onde quer que eu vá.”
Apesar do incidente em que perdeu parte da família, Youssif confia em Deus. "Eu ando por este princípio: os propósitos de Deus só são conhecidos por Deus. Eu ando e Deus está segurando minha mão. Estou seguindo seus passos onde quer que ele me leve. Eu estou com ele."
A perseguição não vai acabar
Para Maged, como cristão, ele deve esperar por desafios. "Essas são as palavras da Bíblia, e eu acredito nelas. Embora aqui no Egito possamos experimentá-la de uma maneira específica, essa afirmação é verdadeira para todos os cristãos: você será perseguido e será insultado." Lendo a Bíblia, Maged não espera que a perseguição termine. Ele sabe que muitos cristãos egípcios foram mortos no passado, e que isso ainda acontece hoje.
Maged diz que não se preocupa com o futuro em meio à perseguição e completa “Jesus disse: Bem-aventurados vocês quando as pessoas os perseguem e falsamente dizem todo tipo de mal contra vocês por minha causa”.
Os cristãos egípcios podem ser encontrados em todo o país. Porém eles estão particularmente concentrados no Alto Egito (a parte sul do Egito) e em grandes cidades como Cairo e Alexandria. Os subúrbios do Cairo e algumas aldeias às vezes são consideradas ou descritas como áreas cristãs, mas poucas são exclusivamente formadas por cristãos.