Pai e filho cristãos são mortos pelo Estado Islâmico no Egito

Os cristãos coptas sofrem com uma onda de perseguição violenta por terroristas.

Os cristãos coptas enfrentam uma onda de perseguição violenta. (Foto: Imagem ilustrativa/PxHere).

Um pai e um filho cristãos foram assassinados por terroristas do Estado Islâmico da Peninsula do Sinai (EI), no Egito, na semana passada.

De acordo com a Christian Solidarity Worldwide (CSW), organização que trabalha pela liberdade de religião, Salama Waheeb Moussa e seu filho Hani Waheeb Moussa foram mortos a tiros, enquanto trabalhavam na fazenda da família, na terça-feira (30).

Depois da família perder o contato com eles, a polícia foi chamada e os corpos dos cristãos coptas foram descobertos no local, na vila de Jilbana, na província de Ismailia.

Segundo a CSW, muitos terroristas do Estado Islâmico se mudaram para a região vizinha do norte do Sinai nas últimas semanas, para escapar de um ofensiva militar do Egito.

Desde agosto, um grupo de agentes do Estado Islâmico entrou em Jilbana e está lutando contra a polícia e os militares.

Conforme o jornalista copta Nader Shukri, recentemente, o exército egípcio neutralizou um grande número de terroristas, com a ajuda de tribos da região.

Entre os mortos estão comandantes importantes do EI, Basel Khaled Sheikh e Hamza Adel Alzamli.

A Península do Sinai é o reduto do Estado Islâmico no Egito, uma ramificação do EI que prometeu fidelidade ao grupo em 2014. Desde lá, vem realizando ataques terroristas no território egípcio.

Onda de ataques a cristãos

Uma onda de ataques a cristãos no Egito — um dos primeiros e mais importantes centros do cristianismo, antes da ampla islamização — tem deixado muitos mortos e feridos.

No final de julho, um pai e um filho cristãos coptas foram esfaqueados por um muçulmano na cidade de Gizé.

Em fevereiro, um líder cristão foi morto diante dos jovens que discipulava durante uma excursão do grupo à praia. 

No mesmo mês, o jovem diácono de uma igreja em Alexandria, Magdy Awad Allah, foi esfaqueado sete vezes pelo próprio vizinho. Ele foi levado ao hospital e sobreviveu, mas ficou muito traumatizado. 

Em abril, o cristão Rani Ra’fat foi morto na entrada do trabalho e, em junho o cristão Megali também foi atacado enquanto voltava para casa em sua motocicleta. Ele foi empurrado, esfaqueado e morreu após sofrer ferimentos graves. 

A cristã Mona, de 35 anos, foi atacada na área rural do Egito por um extremista islâmico com uma foice, mas sobreviveu.  

Os ataques a cristãos costumam ficar impunes no Egito, porque autoridades policiais e judiciais classificam os autores como “doentes mentais”. 

Como resultado, os jihadistas logo retornam ao convívio social e cometem os mesmos crimes contra outros seguidores de Jesus. O país está na Lista Mundial da Perseguição 2022, ocupando o 20º lugar entre os países que mais hostilizam cristãos.

Conforme a Portas Abertas, entre os egípcios se tornou comum ver cristãos sendo insultados e atacados enquanto andam pelas ruas. Eles também costumam ser sequestrados e expulsos de suas próprias casas.

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