Antissemistismo no Brasil cresce 263%, conforme Federação Israelita

602 casos de ataques a judeus foram registrados entre janeiro e fevereiro.

Judeus estão sendo atacados em todos os lugares do mundo. (Foto representativa: Unsplash/Laura Siegal)

De janeiro a fevereiro deste ano, a Fisesp (Federação Israelita do Estado de São Paulo) registrou 602 casos de antissemitismo no Brasil, o que representa quase um terço do total de denúncias do ano passado. 

O levantamento divulgado também destacou que “o antissemitismo subiu 263%” desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comparou os ataques de Israel ao Hamas à tragédia do Holocausto.

Sua fala repercutiu internacionalmente. Na semana anterior ao seu discurso, que ocorreu no último dia 18, na Etiópia, o Departamento de Segurança Comunitária da Federação Israelita recebeu 46 denúncias referentes às instituições de ensino. Após o pronunciamento, ocorreram novas 165 denúncias, segundo a entidade.

Ataques virtuais

De acordo com a CNN, os dados da federação apontam que os ataques acontecem, majoritariamente, no ambiente virtual por meio de mensagens em grupos de Whatsapp e em redes sociais.

Também há queixas de judeus que foram vítimas de agressões verbais em ambientes escolares e universitários. Para o presidente da Fisesp, Marcos Knobel, a afirmação de Lula potencializou uma onda antissemita.

“A afirmação feita pelo presidente fez uma perversa distorção da realidade, pois estamos vivendo uma onda de ataques antissemitas desde o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro, e isso ganhou ainda mais força após a declaração”, afirmou Knobel.

“Os judeus no Brasil estão sendo atacados em qualquer lugar. Inclusive, quatro dessas denúncias são extremamente preocupantes, pois são de jovens em idade escolar que sofreram ataques dentro das instituições de ensino onde estudam, o que coloca a sua segurança em jogo”, acrescentou ao concluir.

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