O pastor Shane Pruitt usou a cantora Taylor Swift como exemplo e afirmou: “Há uma diferença entre ser secular e ser anticristão”.

Taylor Swift durante a Red Tour. (Foto: Reprodução/Wikimedia Commons/raffik)

O pastor Shane Pruitt alertou os pais cristãos a serem mais criteriosos em relação às músicas que os filhos escutam. Em uma publicação no X, ele citou letras de músicas da cantora Taylor Swift e encorajou os crentes à luz da Bíblia.

“Não sou um cara anti-Taylor. Sou um cara pró-Evangelho”, disse Shane Pruitt à CBN News. 

E continuou: “Qualquer coisa que eu saiba que esteja afetando amplamente os pais, ou cristãos, ou pessoas na igreja que pareça ser anti-Evangelho, nós amorosamente chamamos atenção para isso”.

No dia 22 de abril, em uma publicação no X, Shane citou letras de algumas músicas da cantora Taylor Swift em seu álbum “The Tortured Poets Department” e declarou: “A letra importa”.

“Definitivamente não sou o ministro ou pai que tem a postura de ‘não pode música secular’. Além disso, percebo plenamente que os incrédulos agirão como incrédulos. No entanto, há uma diferença entre ser secular e ser anticristão”, acrescentou.

O pastor citou falas de Taylor em suas músicas que fazem referência a contextos bíblicos: 

“E se eu rolar a pedra? Eles vão me crucificar de qualquer maneira. E se a maneira como você me abraça for realmente sagrada?”;

“O menor homem que já existiu / eu teria morrido pelos seus pecados”;

“Você não precisa orar por mim / Eu e meu garoto selvagem e toda essa alegria selvagem / Se tudo que você quer é cinza para mim / Então é apenas ruído branco, e é apenas minha escolha”.

Em outro exemplo, ele citou um trecho de uma música em que Taylor narra: “Mas papai, eu o amo / Acabei de aprender que essas pessoas só criam você / Para prender você / Sarahs e Hannahs em suas melhores roupas de domingo / Agarrando suas pérolas, suspirando: ‘Que bagunça’ / Acabei de aprender que essas pessoas tentam salvar você porque eles te odeiam”.

Shane concluiu a publicação, dizendo: “Como cristãos, cheios do Espírito, deveríamos nos divertir, cantar e expor nossos filhos a letras que não são apenas diferentes daquilo em que você acredita, mas que na verdade zombam daquilo em que você acredita?”.

Idolatria

O pastor acredita que a música da cantora mudou ao longo dos anos e se tornou “cada vez mais explícita” e tomando um “giro mais sombrio” no processo. Para ele, isso é preocupante, pois estas músicas são ouvidas por muitos jovens.

“Precisamos estar muito conscientes e ter cuidado ao que estamos expondo nossos filhos e como nos envolvemos e nos divertimos com coisas que são realmente contrárias ao que dizemos acreditar”, disse ele.

Shane também observou que muitos “crentes” discordam de sua opinião e se identificam como “Swifties” — um nome dado aos fãs fervorosos de Taylor Swift.

“Acho que isso é muito revelador, temos nossas identidades fora de ordem. Você sabe que Jesus é quem morreu por você. Jesus é quem perdoa. Jesus é quem dá a vida eterna. Jesus é aquele que nos dá esperança e encorajamento”, afirmou ele.

“Então, se você se identifica como um Swiftie antes de se identificar como um cristão, acho que há algo errado aí”, acrescentou.

Shane relatou que Taylor não é o único “vício que expõe as fracas prioridades espirituais de alguns cristãos”. Na verdade, ele também destacou pessoas que idolatram equipes esportivas.

“Nos últimos anos, posso afirmar isto — especialmente na Igreja Americana — se eu disser: ‘Ei, aqui está o que a Bíblia diz sobre a sexualidade, aqui está o que a Bíblia diz sobre o casamento, aqui está o que a Bíblia diz sobre ser pró-vida, aqui está o que a Bíblia diz sobre Deus determinando sexo e gênero', você ouvirá alguns: 'Améns'. As pessoas ficam encorajadas com isso”, disse o pastor. 

“Mas, se você começar a falar sobre: ​​'Aqui está o que a Bíblia diz sobre a adoração de ídolos e como adoramos ídolos, e celebridades, e cantores pop, e esportes então as pessoas dizem: 'Ei, espere um minuto'. Eles passam de encorajados a ofendidos”, acrescentou.

‘Ore por eles’

Por fim, o pastor encorajou os cristãos a reservarem um tempo para orar por Taylor e outros descrentes. Assim como, a compartilhar abertamente sua fé, em vez de serem dominadas pela frustração.

“Não tenhamos aquela mentalidade de 'nós contra eles'. Ore por eles, compartilhe o Evangelho, viva de forma diferente, seja sal e luz”, concluiu.

Shane atua como diretor da missão “North American Mission Board” (NAMB), nos EUA. Ele e sua esposa, Kasi, moram no Texas, com seus cinco filhos. Há mais de 20 anos, ele serve como líder denominacional, plantador de igrejas e pastor. Atualmente, ele também escreve livros e apresenta o podcast “The Gensend Podcast”.