Cristã secreta é traída por familiar no Irã

Veja como o departamento de inteligência do país descobriu a igreja secreta de Somayeh

Somayeh arriscou a vida para fazer de sua casa um igreja secreta no Irã

No Irã, deixar o islamismo pode significar vigilância, detenção e prisão. Somayeh (pseudônimo) se converteu, enfrentou violência do marido e rejeição da família, mas continuou pregando a palavra e liderando uma igreja secreta.

Para forçar o enfraquecimento da fé da esposa, o marido de Somayeh vendeu a casa da família e obrigou todos a se mudarem para uma nova cidade. A cristã se indignou e perguntou a Deus porque isso tinha acontecido e mais tarde entendeu que deveria criar uma igreja no novo local.

A fidelidade ousada de Somayeh frutificou e logo a igreja doméstica tinha 30 membros. Em noites especiais, como Natal, chegou a ter cerca de 50 pessoas reunidas. “Durante esse tempo, eu costumava trabalhar em casa, então, se meu marido chegasse, eu apresentaria os novos convertidos como meus clientes para evitar qualquer conflito, para mim e para eles”, afirma.

A casa de Somayeh se tornou um lugar de cura e transformação. “Mulheres que foram curadas trouxeram suas famílias – maridos, irmãos, até mesmo sogras. O amor de Deus era contagioso. Era maravilhoso ver como Deus mudava vidas, uma pessoa por vez”, ela conta.


“Quando nos reuníamos, nunca mencionávamos os locais de encontro pelo telefone – nós usávamos códigos e erámos extremamente cautelosos. Todos os telefones tinham que ser desligados, e nós removíamos até as baterias para evitar rastreamento.” Porém, um familiar de Somayeh com quem ela havia partilhado seu testemunho denunciou sobre a igreja secreta para o Serviço de Inteligência do Irã e tudo mudou.

A cristã recebeu uma ligação do Serviço Inteligência do Irã e eles relataram toda a atividade cristã que ela fazia em casa e prometeram vê-la em breve. “Eu fiquei aterrorizada com o Serviço de Inteligência e com meu marido, que também estava me ameaçando”, afirma.


Hora de partir

Somayeh entendeu que precisaria fugir do Irã para não ser presa. Embora não houvesse planejado nada, ela sentia que deveria comprar dólares com a moeda que tinha. A cristã e a filha escaparam para outro país e viveram por meses em um depósito de um amigo, com o dinheiro que tinham trocado.


O filho de Somayeh teve que ficar no Irã devido ao serviço militar. Mas ele se tornou um cristão secreto por meio do testemunho de sua mãe. “É difícil saber que ele continua no Irã, principalmente com as constantes ameaças do meu ex-marido, mas eu acredito nas promessas de Deus, não nas ameaças que o diabo tenta me fazer.”

A vida da cristã iraniana é incerta, mas sua fé é inabalável: “Minha filha está comigo agora, e meu filho ainda está no Irã. As ameaças do meu ex-marido não acabaram, e eu tenho que me manter cuidadosa, mesmo aqui, há quilômetros de distância”.

Somayeh encontrou uma igreja de fala persa e hoje ela pode adorar e se conectar com outros cristãos livremente. Ela continua atuando junto a cristãos no Irã por meio do ministério online, compartilhando o evangelho e apoiando aqueles que vivem em segredo sob constantes ameaças. 

A cristã também participa de treinamentos de liderança organizados por parceiros locais da Portas Abertas, preparando-a para servir ainda melhor aos cristãos iranianos. “Eu aprendi muito com esses treinamentos, aprofundando meu entendimento da palavra de Deus. Eu também sou capaz de compartilhar essas ideias com aqueles que Deus tem me confiado, principalmente aqueles que, por razões de segurança, não podem participar de tais treinamentos”, finaliza.

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