Emissoras cristãs de rádio e tv podem desaparecer da Costa Rica devido a novas regulamentações do governo

 

A radiodifusão na Costa Rica está prestes a sofrer uma mudança iminente.

Uma sombra de incerteza paira sobre o cenário da liberdade religiosa e a propagação do Evangelho na Costa Rica. O congressista evangélico e atual candidato à presidência pelo partido Nova República,  Fabricio Alvarado , fez um alerta contundente à comunidade religiosa: emissoras de rádio e canais de televisão cristãos podem desaparecer em breve devido a novas regulamentações governamentais.

Em um vídeo publicado em suas redes sociais, Alvarado descreveu a situação não apenas como um obstáculo administrativo, mas como um "ataque direto à fé".

O conflito surge do novo leilão de frequências de rádio e televisão , um processo técnico que busca reorganizar o espectro radioelétrico, mas que estabeleceu preços base inacessíveis para ministérios sem fins lucrativos.

Números que enterram a esperança

O legislador explicou que o governo estabeleceu preços base para licenças de transmissão que variam de US$ 380.000 a mais de US$ 1.600.000. Esses valores, elaborados com uma lógica puramente comercial, colocam as emissoras cristãs — tanto evangélicas quanto católicas — em desvantagem em relação aos gigantes da mídia.

"Essas são quantias que praticamente acabam com as estações de rádio e televisão cristãs", declarou Alvarado com visível preocupação. "Com esses valores, o risco de seus sinais serem retirados do ar é iminente."

Para o líder político e cristão, o impacto dessa medida transcende o econômico . Fechar uma estação de rádio cristã significa, em suas palavras, "fechar um espaço de fé, esperança e amor; extingue a possibilidade de compartilhar o Evangelho e salvar vidas".

Um mecanismo de exclusão

Conforme noticiado por veículos de comunicação locais como o El Observador , o processo de licitação foi criticado por desconsiderar o papel social e espiritual da mídia religiosa. O modelo de leilão favorece grandes operadoras comerciais , como a Teletica e a Repretel, que possuem recursos financeiros para absorver esses custos, enquanto a mídia comunitária e religiosa fica vulnerável à lógica do "maior lance".

Alvarado foi enfático ao destacar a responsabilidade do Poder Executivo nesta crise: "O presidente Chávez falhou com o povo fiel da Costa Rica. Ele pisoteou a fé, a liberdade religiosa e a música e as mensagens de esperança em todos os lares."

O deputado argumenta que, embora seja justo cobrar dos grandes conglomerados comerciais, aplicar o mesmo padrão aos ministérios que subsistem de ofertas e doações é um erro que demonstra uma falta de compreensão do trabalho social realizado por esses meios de comunicação.

"Quantos idosos hoje em dia assistem à missa ou participam de cultos religiosos por esses meios? A fé não pode ser silenciada por razões econômicas", questionou ele.

Uma solução legislativa está a caminho.

Dada a gravidade da situação, Alvarado anunciou que não ficaria de braços cruzados . Ele informou que, juntamente com seu partido Nova República, apresentou um projeto de lei à Assembleia Legislativa com o objetivo de oferecer uma solução real e justa para o que considera um ultraje.

O deputado fez um apelo urgente ao presidente Chaves para que tivesse a "coragem" de convocar este projeto imediatamente para discussão e aprovação.

A mensagem de Alvarado conclui com uma exortação à unidade entre todos os fiéis, pastores e líderes, tanto evangélicos quanto católicos. "Não nos calemos. É hora de levantarmos nossas vozes, de orar, sim, mas também de agir", declarou ele.

A situação representa um desafio histórico para a Igreja na Costa Rica, que agora precisa se mobilizar para defender as plataformas que, por décadas, serviram como um farol de luz na nação centro-americana.

Este é o vídeo completo da denúncia de Fabricio Alvarado: 

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem