Fida tinha apenas dois meses quando teve que fugir com os pais do Iraque
Hoje, Fida tem 11 anos e sua família faz parte dos poucos cristãos que restam no Iraque
Fida é uma menina iraquiana de 11 anos que ama o Natal e compartilha uma experiência particular com Jesus. Assim como o bebê Jesus teve que fugir para o Egito com seus pais logo depois de nascer, Fida precisou fugir quando tinha apenas dois meses de idade no Iraque.
Parceiros locais da Portas Abertas visitaram a família iraquiana recentemente. Eles contam que Fida apontava para a estrela, sua parte favorita da decoração de Natal enquanto dizia: “Ela simboliza a estrela que os sábios viram sobre Belém. Uma criança nasceu para nos salvar do pecado. Eles seguiram aquela estrela e encontraram Jesus”.
As semelhanças entre as histórias remetem ao contexto de perseguição vivido pelos cristãos no Iraque em 2014, quando o Estado Islâmico dominou o país, e como somente em Cristo é possível encontrar fé e coragem nesses momentos. Salim, o avô de Fida, de 76 anos, lembra-se com clareza de como foram esses dias.
“Pai, nenhum cristão ficou em Mosul”
“Depois de dois ou três dias da invasão, membros do Estado Islâmico escreveram a letra ‘N’ ‘ن’ na parede da frente da nossa casa. Todas as casas de cristãos no bairro Al-Arabi tinham essa marca”, conta Salim. Poucos dias depois, o cristão acordou e estranhou que seu filho Fawaz ainda estivesse dormindo.
“Ele deveria fazer compras para a loja, depois eu iria ao mercado. Perguntei: ‘Fawaz, por que ainda está dormindo? Por que não foi ao mercado?’ Ele respondeu: ‘Pai, que mercado? Nenhum cristão ficou em Mosul’”, conta o cristão se lembrando de 2014.
Fawaz explicou que todas as lojas estavam fechadas e que, naquele dia, ao meio-dia, com a chamada para a oração, nenhum cristão deveria permanecer em Mosul. “Todo cristão que ficasse teria que pagar jizya (uma espécie de taxa). Acordamos todos, juntamos nossas coisas e partimos de carro.”
Salim teve o carro roubado e, nesse momento, sua nora, esposa de Fawaz, estava com Fida com apenas dois meses nos braços. “Eu estava com muito medo de que quisessem levar Fida de mim. Levaram nossas roupas e até todo o leite de Fida”, conta Jollete, mãe de Fida.
Cidade de Mosul dez anos após a invasão do Estado Islâmico
Sem pertences, ficaram nas ruas. O Estado Islâmico parou outro carro e ordenou que Salim e sua família fossem levados para fora da cidade. “A estrada até o último posto de controle para sair da cidade estava terrível. Vimos pessoas mortas nas ruas. Mas, apesar de tudo, sabíamos que Jesus estava conosco. Louvamos a ele por nos manter seguros”, afirma Salim.
Assim que ocorreu o deslocamento em massa, parceiros locais da Portas Abertas no Iraque começaram a apoiar famílias cristãs como a de Salim. Todo esse suporte alimentou a convicção de que Deus sempre esteve com eles e impactou a geração mais jovem.
Fida ama ir à igreja e orar. “Quando vou à igreja, gosto de orar e pedir a Jesus que proteja meu pai, minha mãe, meus avós e todos. Gosto de falar com Jesus. Peço que ele nos proteja, nos faça ter sucesso e cure os doentes.” Mas ela faz parte de uma minoria.
“Depois da libertação, nem 1% dos cristãos voltou. Mas, aconteça o que acontecer, louvamos ao Senhor. O Iraque é nosso país, não o abandonaremos”, afirma Salim.
O Natal é um período do ano que reúne famílias como a de Fida no Iraque. Quando questionada sobre o que deseja para todas as pessoas que oram pelos cristãos no Iraque, ela diz: “Nunca tenham medo, porque Jesus está com vocês. Desejo um feliz Natal e um próspero Ano Novo”.
Ilumine o Natal de cristãos perseguidos
A perseguição não para no Natal. Seu apoio é essencial para que nossos irmãos na fé saibam que não estão sozinhos e continuem a brilhar a luz de Cristo nos lugares mais perigosos. Doe e seja luz para a Igreja Perseguida.
Pedidos de oração pelo Iraque
- Ore pelos cristãos no Iraque que passaram por tantas dificuldades nas últimas décadas.
- Peça a Deus um Natal em paz para os cristãos perseguidos.
- Interceda para que a mensagem de Deus, que enviou seu Filho unigênito ao mundo que tanto amou, e ainda ama, continue sendo proclamada naquele país.
- Clame pela transformação e pela salvação dos que hoje discriminam e perseguem seguidores de Jesus.
