Desempregada faz 350 máscaras e decide doar ao invés de vender: "Deus está me abençoando"

Zenilda Pereira está usando sua habilidade como costureira para ajudar o próximo, mesmo estando sem renda.


Zenilda produz voluntariamente, em média, 350 máscaras por dia. (Foto: Arquivo pessoal)
A venda de máscaras poderia ajudar na renda de Zenilda Benvindo Pereira, que é artesã e está desempregada. Mas ela escolheu usar sua habilidade como costureira para ajudar pessoas que querem se proteger do coronavírus, sem cobrar por isso.

“Eu me sinto bem em ajudar o próximo, afinal, estou salvando vidas. Lá na frente Deus vai me recompensar”, disse Zenilda ao site Notícias Adventistas.

No período de isolamento social, Zenilda está tendo dificuldades de vender seus tapetes de crochê e depende da ajuda de outras pessoas para alimentar seus dois filhos, de 10 e 11 anos.

“Estou desempregada, meus armários estavam vazios. Eu devia pensar no dinheiro, aproveitar a oportunidade, mas não. Pensei em doar. A gente não tem que pensar em dinheiro agora. Precisamos pensar no próximo, porque muitas pessoas precisam. Deus está sempre abençoando, não deixa faltar”, disse ela.

São cerca de seis horas por dia confeccionando máscaras de TNT. Zenilda consegue, por dia, produzir 350 máscaras que já foram doadas para hospitais próximos de sua casa.

“Eu começo às 10 horas da manhã, paro um pouquinho ao meio-dia para dar almoço para as crianças, depois vou pra máquina de novo. Quando os braços começam a doer, eu paro e retomo no final da tarde, vou até umas 18 ou 19 horas”, conta.

A ideia de fabricar máscaras para doação surgiu na noite em que passou mal e procurou o pronto-socorro. Lá ela recebeu uma máscara e quando chegou em casa, pensou: “Posso fazer máscaras para doar”. 

Zenilda usou um pouco do TNT que tinha em casa para confeccionar os primeiros lotes de doação. Depois, as pessoas começaram a doar a matéria prima, já que ela não tinha dinheiro para comprar. “Algumas pessoas que ajudei me doaram cestas básicas”, conta.

No momento, a produção de máscaras de Zenilda parou por falta de material. “Estamos precisando de doação de TNT e elástico”, afirma.

Para o pequeno Mateus Victor Peixoto, de 10 anos, sua mãe é um exemplo a ser seguido. Por isso, ele mesmo se dispôs a ajudar. “Nós já fizemos mais de três mil máscaras e eu acho muito legal ajudar as pessoas, me sinto muito bem fazendo isso e ajudando minha mãe. Ela é meu exemplo”, disse o menino.

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