Pastor que já foi morador de rua distribui alimentos durante pandemia: “Eu sei o que é fome”

O trabalho social do pastor Francisco Fernandez tem feito a diferença na vida daqueles que perderam a renda devido à pandemia do novo coronavírus, nos EUA.


O pastor Francisco Fernandez, da Iglesia Sol De Justicia, tem apoiado sua comunidade no Brooklyn, Nova York. (Foto: Reprodução/Facebook)
O toque das buzinas e faróis dos carros foram uma forma de agradecimento de uma comunidade no Brooklyn, em Nova York, ao pastor Francisco Fernandez. A vizinhança se reuniu para surpreendê-lo na terça-feira passada para agradecer sua ajuda.

Desde o início de abril, o pastor da Iglesia Sol De Justicia tem distribuído comida e esperança para as famílias do Brooklyn. Os kits de US$ 75 alimentam uma família de cinco pessoas por uma semana e são extremamente necessários para aqueles que foram duramente atingidos pela paralisação econômica.
“Ele é estimado, ele é amado. Somos gratos por todas as vezes que ele esteve lá. Ele é nosso professor, nosso mentor”, disse Gledny Rodriguez, um dos membros da igreja.

“Muita gente perdeu o emprego. Eles estão tendo mais dificuldade para conseguir comida. Alguns lugares, as filas [dos mercados] são enormes... Algumas pessoas simplesmente não conseguem [comprar]”, disse ele.

Em parceria com a Visão Mundial, uma organização cristã de ajuda humanitária em mais de 100 países, Fernandez esteve na linha de frente da distribuição, arriscando sua própria segurança.

A gerente local da Visão Mundial, Sandy Aguila-Rosa, disse que o número de famílias que o pastor está alcançando é significativo, mesmo no auge do surto nos Estados Unidos.

“Tantas pessoas estavam morrendo de Covid-19. E ele estava aqui trabalhando até meia-noite com sua esposa e alguns voluntários, entregando comida para as pessoas que não saíam porque estavam com medo”, disse Aguila-Rosa. “Ele conhecia a necessidade deles também”.

Além de pastor, Fernandez também é mecânico do departamento de trânsito dos EUA, capelão do estado de Nova York e policial da vizinhança.

Ele já foi um sem-teto e morava nas ruas, então sentiu na pele como é perder a renda. “Eu conheço a necessidade. Eu sei o que é fome. Eu sei o que é ficar sem comida, sem lugar para morar”.

Através de todas as suas dificuldades, ele aprendeu a confiar em Deus. “Eu sempre digo a todos, que a Deus seja a glória de todas as coisas. Não é sobre mim, é tudo sobre Ele”.

“Eu não sou um herói”, destaca. “Eu sou apenas as mãos e os pés de Deus onde Ele precisa de mim”.

Informações: Guiame

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