Igreja é impedida pela polícia de realizar culto drive-in no Canadá

 A 'Igreja de Deus Steinbach' havia sido multada por realizar um culto presencial e posteriormente foi impedida de realizar o culto drive-in.

Como os carros foram impedidos de acessar o estacionamento da igreja, acabaram se aglomerando do lado externo do terreno. (Foto: Alberta Press)

Depois de ser multada em US$ 5.000 por realizar um culto presencial que violou a ordem de saúde pública da província de Manitoba, uma igreja canadense foi impedida pela polícia local de realizar um culto de adoração drive-in no domingo.

A ‘Igreja de Deus Steinbach’ postou um vídeo em sua página do Facebook mostrando "muitos e muitos policiais" impedindo os frequentadores da igreja em um dia de neve de entrar no estacionamento da igreja para o culto das 9h30. Impossibilitados de entrar, dezenas de carros se enfileiraram do lado de fora do estacionamento e ouviram o pastor pregar do palco ao ar livre por meio de transmissão de rádio.

“Deus nos deu o direito de adorá-Lo juntos e Ele deseja ver Seu povo unido”, disse o pastor sênior Henry Hildebrandt no palco. “Parece que vivemos em um Canadá diferente. É muito doloroso para mim”.

Na semana passada, a igreja na zona rural de Manitoba recebeu uma notificação de que estava sendo multada em US$ 5.000 por realizar um culto que violava as restrições relacionadas ao COVID-19.

Em uma carta aberta na semana passada, Hildebrandt argumentou que, embora "a Bíblia ensine os cristãos a serem bons cidadãos e obedecer às exigências razoáveis ​​de nosso governo", ela não ensina “obediência cega às autoridades quando restrições onerosas são colocadas em nossas liberdades".

“Não estamos pedindo tratamento especial, apenas tratamento igual”, escreveu o pastor, observando que negócios como lojas de bebidas e supermercados podem permanecer abertos.

“É a nossa comunidade religiosa que é escolhida para receber críticas públicas, atenção da mídia e visitas da Polícia Montada (RCMP), da Saúde Pública de Manitoba e do cumprimento da lei local. Deve haver uma expressão de fé permitida que seja considerada essencial, enquanto permitimos a venda de produtos em estabelecimentos que existem apenas para a venda de álcool, café, donuts, cannabis (maconha) e fast food”, comentou.

Embora seja grato pelo trabalho da polícia de forma geral, o pastor os exortou a resistir à aplicação de "ordens draconianas e inconstitucionais".

Antes do culto de adoração drive-in bloqueado de domingo, o chefe de saúde pública da província de Manitoba, Dr. Brent Roussin, indicou que o governo aplicaria as restrições de saúde pública.

“Se alguém estivesse realizando uma atividade que considerássemos colocar a saúde do público em risco, poderíamos emitir uma ordem de perigo à saúde que exigiria o fechamento de uma organização. Pode haver multas contínuas, pode haver processo sob a Lei de Saúde Pública. Então, essas são apenas as várias opções disponíveis para fazer cumprir as coisas”, disse ele, de acordo com a CBC.

Os frequentadores da igreja foram incentivados a não se envolver em nenhum comportamento abusivo em relação à polícia.

Na sexta-feira, havia 15.632 casos confirmados de COVID-19 em Manitoba, incluindo 266 mortes e 6.487 recuperações.

Hildebrandt disse ao Epoch Times: “Este princípio não é apenas sobre serviços pessoais - este é um ataque indiscriminado à fé e à liberdade da igreja de cumprir seu dever divino”.

Ele também reclamou que as liberdades fundamentais estavam sendo violadas "a uma taxa historicamente alarmante".

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