Israel estabelece relações diplomáticas com o Butão

 Reino do Himalaia é o último país a reconhecer o Estado judeu em um acordo de normalização.

Embaixadores de Israel e do Butão em cerimônia de assinatura na Índia. (Foto: Embaixada de Israel em Nova Delhi via Reuters)

Israel estabeleceu no sábado (12) relações diplomáticas com o Butão, uma nação de maioria budista vizinha à Índia, em uma tentativa de continuar expandindo acordos internacionais.

O acordo de Israel com o país do Himalaia não está relacionado aos acordos promovidos pelos Estados Unidos com países árabes e muçulmanos, embora seja retratado pelas autoridades israelenses como evidência de sua crescente aceitação no exterior.

“O círculo de reconhecimento de Israel está crescendo e se expandindo”, disse o ministro israelense das Relações Exteriores, Gabi Ashkenazi. “O estabelecimento de relações entre nós e o Reino do Butão servirá como outro marco no aprofundamento dos laços de Israel na Ásia”.

O acordo acontece após vários anos de contato secreto entre Israel e Butão com o objetivo de estabelecer relações, disse Ashkenazi em comunicado.

O Butão seguiu a orientação da Índia em sua política externa e de defesa, até que um tratado de amizade foi revisado em 2007. O país asiático mantém relações diplomáticas com cerca de 53 países.

Uma cerimônia de assinatura foi realizada entre os embaixadores de Israel e do Butão na Índia no sábado, na embaixada israelense em Nova Delhi, informou o Ministério das Relações Exteriores do Butão.

“O estabelecimento de relações diplomáticas vai criar novos caminhos para a cooperação entre os dois países em gestão da água, tecnologia, desenvolvimento de recursos humanos, ciências agrícolas e outras áreas de benefício mútuo”, disse o documento.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, saudou o acordo, acrescentando que houve contatos com outros países que desejam estabelecer relações.

Israel e Marrocos concordaram na quinta-feira (10) em normalizar os laços em um acordo intermediado com a ajuda dos EUA, tornando-o o quarto país árabe, depois dos Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Sudão, a deixar de lado as hostilidades com Israel nos últimos quatro meses.

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