Novo filme vai retratar a jornada de C. S. Lewis do ateísmo ao cristianismo

O diretor Nornam Stone acredita que a história de Lewis pode despertar as pessoas para a fé, em tempos de pandemia.

Um dos cenários do filme “O mais relutante dos convertidos”, em Oxford. (Foto: Alexander Whittle/1A Productions)

Um novo filme retratando a jornada do autor C.S. Lewis (1898-1963), do ateísmo ao cristianismo, poderá ser lançado ainda este ano. Dirigido por Norman Stone, “O Mais Relutante Dos Convertidos” é uma peça de teatro que será adaptada para as telas de cinema.

O filme conta a história do autor de Crônicas de Nárnia, dando ênfase à sua juventude, quando ainda era um estudante. Lewis é reconhecido como um dos autores cristãos mais influentes do século 20. 

A cinebiografia vai fazer uma viagem no tempo em três fases de sua vida, vagando por suas memórias como um homem mais velho — a morte de sua mãe, sua terrível experiência na Primeira Guerra Mundial e a morte de sua esposa. Esses acontecimentos foram os que mais contribuíram na formação de sua fé. 

As cenas foram gravadas em Oxford e redondezas, onde Lewis foi professor de literatura inglesa. O cenário inclui a casa onde ele morou, a faculdade onde estudou e o local onde escreveu seus livros. Os atores Max MCLean e Nicholas Ralph vão interpretar Lewis, se dividindo entre as versões jovem e adulta. 

Sobre o diretor e seu novo filme

Há 35 anos, Norman Stone ganhou o prêmio Bafta pelo filme Shadowlands, um drama sobre a vida e o amor de C.S. Lewis, estrelado por Joss Akland e Claire Bloom. Agora está de volta com The Most Reluctant Convert. 

A peça de teatro, que vai virar filme, foi inspirada no romance de C.S. Lewis “O leão, a feiticeira e o guarda-roupa”, de 1950, o primeiro da série “As Crônicas de Nárnia” e vai mostrar a turbulência da jornada emocional e intelectual do autor enquanto se convertia do ateísmo ao cristianismo.

Filme e pandemia

Stone acredita que as pessoas podem se identificar com Lewis nos tempos da pandemia pelo Covid-19. “Ele vendeu mais livros este ano do que no ano passado. Acho que tem a ver com tudo o que está acontecendo no mundo”, disse em entrevista ao The Guardian.

Para o diretor, a fé pode brotar dentro de contextos que incluem guerra, adversidades e caos mundial. “Acredito que situações ruins podem mexer com os pensamentos das pessoas”, afirmou. Ele também destacou que “Lewis olhou a verdade nos olhos, independente do efeito que isso teria''. Isso transparece em sua escrita e é um dos principais motivos que o tornaram popular”, comentou. 

“Em tempos de pandemia, devemos fazer o mesmo, e pensar sobre tudo o que está acontecendo. No filme, as palavras que usamos são do próprio Lewis, nós temos os direitos”, concluiu.

“Deus sussurra a nós na saúde e prosperidade, mas, sendo maus ouvintes, deixamos de ouvir a voz de Deus. Então, Ele gira o botão do amplificador por meio do sofrimento. Aí então ouvimos o ribombar de Sua voz.” (C S Lewis).

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