Entenda como a pandemia da COVID-19 continua a impactar os cristãos perseguidos
Com o aumento da vulnerabilidade durante a pandemia, os seguidores de Jesus na Ásia temem novas privações |
Diante do cenário de vacinação contra a COVID-19 que começou em todo o mundo, os cristãos asiáticos se preocupam em como será a vacinação em cada região. A pandemia ampliou a dinâmica da perseguição e aumentou a vulnerabilidade dos seguidores de Jesus em muitos países, por isso, eles se questionam sobre o que está por vir. “As vacinas são confiáveis e eficazes? Quais os efeitos colaterais? Poderemos ser vacinados ou seremos ignorados?”, são alguns dos questionamentos deles.
“Espera-se que a vacina seja um divisor de águas para as igrejas. Muitas igrejas no meu país podem não sobreviver à pandemia. Ter comunhão de forma física é muito importante para a jornada de fé dos cristãos, especialmente aqueles que não têm acesso on-line, como pessoas em áreas remotas, aldeias ou aqueles que não podem pagar a internet durante essa pandemia. Esse é um grande grupo de cristãos. Eles estão sendo excluídos de encorajamento e apoio durante esta temporada difícil e com muitas restrições”, compartilha uma líder cristã na Indonésia.
Vacinas para todos?
Na Ásia Central, os cristãos de origem muçulmana não receberam ajuda de familiares. Autoridades de países como a Índia ignoraram os cristãos e negaram apoio no que necessitavam. Em muitos países, a rotina da igreja mudou para a internet e os cristãos foram monitorados mais severamente ou até mesmo alvo por causa do que eles disseram on-line.
Em alguns países da Ásia, existem grupos de cristãos céticos sobre as vacinas disponíveis no país. “Eles têm razões para não confiar no governo. Não podemos ter certeza de que a vacina comprada para os cidadãos e a criada no país são realmente eficazes e ninguém sabe sobre efeitos duradouros. E se isso trará mais dano do que proteção contra o vírus. Não houve testes suficientes e tempo para provar que é realmente útil e não perigoso”, conta um líder cristão no Cazaquistão.
Os cristãos em Bangladesh têm uma preocupação diferente. “Achamos que os seguidores de Jesus vão participar espontaneamente da campanha de vacinação. Mas nos perguntamos sobre o sistema de seleção e distribuição. Como Bangladesh tem uma população enorme, mas menos mão de obra, ainda não está claro como o programa de vacinação será feito. Assumimos que pode haver discriminação na seleção para a vacinação. Especialmente se o processo de seleção for confiado aos líderes locais, então os cristãos podem ser ignorados intencionalmente, mas esperamos que isso não aconteça”, compartilha um parceiro da Portas Abertas em Bangladesh.
A pressão da pandemia em 2021
Parceiros da Portas Abertas na Ásia pedem oração para os cristãos e as campanhas de vacinação, já que a pressão sobre a Igreja Perseguida foi intensificada durante a pandemia e permanece enorme. Eles ainda fornecem comida e outros auxílios básicos para os cristãos em maior vulnerabilidade.
“As campanhas de vacinação fornecem esperança para melhorar a vida dos cristãos perseguidos, assumindo que as vacinas produzidas na Ásia são confiáveis e bem implementadas. Ao mesmo tempo, muitas comunidades cristãs ainda se encontram em uma situação de maior vulnerabilidade este ano. Sentimos a urgência de caminhar ao lado dos cristãos. Nosso objetivo é que nenhum cristão perseguido se sinta sozinho e que eles sejam sal e luz em suas próprias comunidades”, conta um parceiro da Portas Abertas na Ásia.
Pedidos de oração
- Peça pela vida dos cristãos em toda a Ásia, para que Deus traga paz e esperança aos corações, diante de um cenário de incertezas e dúvidas.
- Interceda pela vida dos parceiros da Portas Abertas em toda a Ásia, para que Jesus dê sabedoria para cuidarem dos cristãos locais.
- Ore pelos governos e campanhas de vacinação, para que sejam bem sucedidas e toda a população esteja saudável e em segurança.