“Ser cristão significa viver todos os dias sob ameaça”

Na República Centro-Africana, os cristãos continuam a enfrentar hostilidade

Líderes cristãos locais afirmam que a insegurança no país é continua e os seguidores de Jesus são alvos de violência

O ano de 2021 não tem sido fácil para a Igreja na República Centro-Africana. Um parceiro da Portas Abertas na África Central explica: "As igrejas continuam a ser afetadas pela violência e os líderes da igreja ainda enfrentam muitas ameaças. O peso da situação recai sobre a igreja à medida que os membros têm que se deslocar e são empobrecidos." 

 
As hostilidades começaram a acontecer no final de 2012, quando a aliança rebelde Seleka, dominada por extremistas, começou uma campanha e conseguiu tomar o poder em um golpe de Estado em 2013. Após isso, os cristãos passaram a ser alvos da violência. Apesar da intervenção da Organização das Nações Unidas após o golpe, a autoridade estatal não foi restaurada, especialmente em áreas afastadas da capital e em cidades maiores.   

 
Quando a aliança Seleka desmoronou em 2014, começou uma guerra territorial entre grupos rebeldes em todo o país e os cristãos começaram a ser alvos de grupos extremistas. No ano de 2020, a situação ficou ainda mais complexa. Quando o tribunal constitucional decidiu que o ex-governante Françoise Bozize não teria autorização para concorrer nas eleições seguintes, ele convocou grupos rebeldes, como Seleka e Anti-Balaka, para formar a Coalizão dos Patriotas pela Mudança (CPC). O objetivo do líder era interromper as eleições de dezembro de 2020. 

 
A situação dos cristãos na República Centro-Africana 

Embora o CPC não diga que tem como alvo específico os cristãos, a violência que eles estimularam criou sofrimento para as pessoas que têm tentado sobreviver a uma situação humanitária já dramática e frágil. Os cristãos de todo o país continuam a sofrer por causa dessa violência, não só nas mãos do CPC, mas os grupos que ainda dominam outros territórios.  

 
Outro parceiro da Portas Abertas na região compartilha: "A vida é muito difícil para os cristãos em áreas dominadas por muçulmanos, por exemplo, no Nordeste. Ser cristão lá significa viver todos os dias sob ameaça. Os cristãos são sempre alvo da violência, por meio da qual esses grupos armados matam, roubam e cometem violência sexual. A fé é sempre testada. E ministrar à Igreja Perseguida nesta situação é sempre difícil. Os grupos que controlam essas áreas estão sempre cientes da nossa presença. E os cristãos sentem que não podem depender das autoridades para protegê-los." 

 
Durante uma reunião anual, líderes cristãos do país afirmaram que a insegurança contínua no país também afeta a igreja. "Hoje a República Centro-Africana não pode se mover livremente, não pode trilhar o caminho do bem, não pode dar o melhor de si para o bem-estar de seus filhos. O país precisa da ajuda de Deus e dos irmãos e irmãs em Cristo através da oração." 

 

Apoio para cristãos na África 

A vida em países de maioria muçulmana da África Subsaariana é difícil porque os cristãos ex-muçulmanos enfrentam perseguição tanto dentro como fora de casa. Além disso, são alvos preferidos dos radicais islâmicos e são mortos logo que descobertos. Os cristãos nessas regiões precisam ser fortalecidos na fé por meio do discipulado. Através da sua doação, você permite que dois cristãos ex-muçulmanos sejam discipulados e preparados para enfrentar a perseguição à luz da Bíblia. 

 
Pedidos de oração 


  • Apresente em oração a situação da República Centro-Africana e clame pelo fim da violência no país, onde os cristãos e igrejas são alvos frequentes. 

  • Ore por força e resiliência para os líderes cristãos que enfrentam tais ataques e ameaças de forma recorrente. 

  • Interceda pelos membros dos grupos extremistas, para que eles tenham um encontro com Cristo e passem a testemunhar das boas obras do Senhor. 

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