Michael Youssef | Cortesia: Michael Youssef

Michael Youssef, autor best-seller e antropólogo cultural, não quer dar às pessoas a impressão errada.

"Eu não sou um pregador do Fim do Tempo", disse o pastor egípcio-americano de 73 anos ao The Christian Post durante uma entrevista na terça-feira.

Em vez disso, disse Youssef, seu novo livro, Is The End Near?, que orienta os cristãos através das representações de Jesus sobre os tempos bíblicos finais no Evangelho de Mateus, está apenas apontando o que muitos já narraram, ou seja, o aumento do conteúdo demoníaco na cultura popular e um aumento na frequência de catástrofes globais.

Programas populares como "Lúcifer" e "Pequeno Demônio", disse Youssef, ressaltam um tema comum de aceitação e humanização da figura bíblica anticristo referenciada no livro do Apocalipse.

"Little Demon", um programa de animação da Disney, apresenta uma mulher que é engravidada por Satanás e dá à luz uma filha anticristo. O show contém nudez, violência e bruxaria.

A série ganhou avisos de pastores e condenação de grupos como One Million Moms, que disse que o "show faz luz do inferno e dos perigos do reino demoníaco".

Youssef chamou esse conteúdo de programação de um exemplo de como a mídia secular desempenha um "papel importante" na prática de uma forma de doutrinação quando se trata de dizer a verdade.

"Muitos dos chamados jornalistas estão dizendo que a objetividade é realmente um passe entre jornalistas e emissoras, que não deveria haver objetividade", disse ele. "Então eles já estão santificando e elogiando a subjetividade, para que quando o Anticristo vier, todos eles estarão prontos. ... A mídia está desempenhando um papel importante em tudo isso."

"Se alguém tinha dúvidas sobre isso, os últimos seis anos deveriam ter nos curado dessa dúvida."

Ele comparou o estado atual da mídia com o impulso de alto perfil para vacinação em massa durante o auge da pandemia COVID-19.

"Você vê as ovelhas. Temos uma mentalidade de ovelha", disse ele. "Quando vejo a preparação no coração das pessoas... "Oh sim, sim, o Anticristo é bom para nós, assim como a vacina é boa para nós."

Ele então esclareceu: "Eu não sou contra vacinas, mas eu só estou dizendo, todos nós temos que cair na linha. Nem todos, é claro, porque alguns de nós vão se levantar e dizer: 'Absolutamente não'."

As paralisações globais do COVID, como as duras restrições implementadas na Austrália, onde Youseff viveu e foi ordenado, "nos ensinaram quão fácil e rápido algum poder autoritário sobe nas democracias", disse o pastor.

"À medida que regimes autoritários estão subindo mesmo nas democracias ocidentais, você vê que esta é a maneira de Satanás preparar o mundo para o Anticristo", acrescentou.

O livro de Youssef se concentra em seis sinais explicitamente mencionados por Jesus em Mateus 24 e 25, que incluem a destruição de Jerusalém pelo exército romano em 70 ad e o tempo pouco antes do retorno de Jesus.

Embora reconheça que o mundo sempre teve terremotos, fomes e tempestades, Yousseff disse que a diferença é que agora "eles estão vindo cada vez mais rápido".

Usando sua experiência como antropólogo treinado, Youssef disse que depois de estudar essas passagens, ele "se convenceu de que o que Jesus está falando, aqueles dias antes do retorno do Filho do Homem, são os dias em que estamos vivendo".

"Agora, essas coisas já aconteceram antes? Claro", acrescentou. "Mas a imagem que nosso Senhor nos dá de dores de parto, de uma mulher grávida... é que quando as dores do trabalho de parto começam a chegar em intervalos próximos, é melhor você se preparar para o grande evento."

Ele disse que um desses sinais mencionados na Bíblia é um grande "afastamento" da fé mencionada em Mateus 24:10 — uma tendência que Youseff acredita estar em andamento.

Youseff apontou para um estudo de outubro passado que descobriu que até 70% dos evangélicos acreditam que há muitas maneiras de Deus, em vez de exclusivamente através da fé em Seu Filho, assim como Jesus disse em João 14:6.

"[Jesus está] não falando sobre o mundo desmoronar, porque o mundo não o conhece", disse Youssef. "Esta é a queda dos cristãos, das pessoas que afirmam ser crentes."

Youssef, que é autor de mais de 40 livros e cujos programas são transmitidos em 26 idiomas em todo o mundo, disse que a apostasia - uma deserção total ou partida da fé - está em andamento não apenas na América, mas no Reino Unido, Canadá, Austrália e outros países ocidentais.

Mas mesmo que mais cristãos fiquem em casa aos domingos, Youssef disse que milhares de muçulmanos estão vindo para Cristo no mundo árabe, onde Youseff alcança até 195 milhões de casas com sua estação de TV árabe, The Kingdom SAT.

"Isso é uma indicação para mim que o Senhor está reunindo Seus eleitos", disse Youssef. "Ele está reunindo seus fiéis em preparação de Seu retorno."

Youseff espera que o livro provoque pastores e outros líderes da igreja para preparar seu povo para alguns momentos potencialmente difíceis pela frente - até mesmo perseguição.

"Precisamos treinar as pessoas como serem fiéis em meio a dificuldades", disse ele. "Aqui na América, isso é novo para nós. Por mais que devêssemos resistir... devemos também estar preparados à medida que o ataque vem; como vamos ficar de pé?

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