Perseguição contra cristãos se intensifica no Irã

A data marca a intensificação da perseguição aos cristãos iranianos

O cristão Milad foi liberto durante as comemorações deste ano


No dia 1o de abril de 1979 foi proclamada a República Islâmica do Irã. O anúncio foi ápice da Revolução Islâmica que começou em meados de março do mesmo ano com o retorno do aiatolá Ruhollah Khomeini após 15 anos de exílio.  


Por causa da Revolução, o governo foi tomado por clérigos xiitas radicais que tinham grande aversão ao Ocidente e implantou a 
sharia (conjunto de leis islâmicos) como lei nacional. Desse modo, a sociedade enfrentou diversas censuras, como o código de vestimenta das mulheres e a proibição do cristianismo, considerado uma influência ocidental.  


Desde então, o Serviço de Inteligência Iraniana 
monitora de perto atividades cristãs e de outras minorias religiosas. Eles são responsáveis por invasões a encontros de cristãos em casas, prisão de todos os participantes e confisco de propriedade privada. Os que são presos são submetidos a interrogatórios intensos e, com frequência, agredidos.  


Liberdade
 


Para tentar amenizar protestos e rebeliões, como os que tomaram o Irã em setembro de 2022, os líderes iranianos libertam alguns presos durante as comemorações do aniversário da Revolução e da República entre março e abril.  
 


Milad Goodarzi estava na prisão central de Karaj. Ele é o sétimo cristão de origem muçulmana que foi beneficiado com a 
anistia do governo por causa da celebração do aniversário de 44 anos da Revolução Islâmica no Irã.  


Ele havia sido 
preso com outros dois cristãos em junho de 2021. Cada um deles foi sentenciado a cinco anos de prisão e a pagar um fiança de aproximadamente 1.600 dólares. A condenação se baseou no artigo 500 da Constituição, “promover propaganda contra o regime islâmico”.  


Os três foram processados por agentes da Inteligência iraniana que organizaram uma invasão sincronizada a 12 casas onde viviam cristãos de origem muçulmana em Fardos e Karaj em dezembro de 2020. Ninguém foi preso na época, mas celulares, Bíblias e computadores foram confiscados. Outros 17 cristãos foram assediados, submetidos a
interrogatórios e ameaçados. 
 


Milad estava na prisão desde 2021. Louve a Deus pelos cristãos libertos nos últimos meses e ore pelos que permanecem presos enfrentando torturas por amor a Cristo. 
 

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