Igreja fecha após ataques no Mali

 Pastor Enock pede por paz para que a igreja volte a funcionar

Famílias deslocadas receberam alimentos em visita da Portas Abertas

Uma igreja em Toubancoura, uma pequena vila do Mali, fica localizada próxima ao ponto onde jihadistas guardam suas armas quando vão atacar a região. Na noite de domingo, dia quatro de março, por volta das 23h, os guerrilheiros montaram seu armamento em frente à igreja e começaram a disparar em direção ao vilarejo. 
 
Os donzos (vigilantes locais) revidaram os tiros e o conflito se estendeu até 1h da manhã. Balas perfuraram a porta da casa do pastor local e assustaram a família, mas ninguém foi atingido. 
 
“Fui forçado a fugir com minha família. Sempre há situações assim e elas continuam”, disse o pastor Enock, de 55 anos, aos nossos parceiros locais. Depois do ataque em março, Enock, sua esposa e os cinco filhos fugiram para uma cidade próxima, mas não tiveram tempo para levar seus pertences. 
 
Os ataques dos extremistas continuaram e, no dia dois de abril, eles mataram duas pessoas e feriram outras duas, recuando após uma hora de tiroteios. Alguns dias depois, durante a Páscoa, os guerrilheiros sequestraram Yacouba Traoré, um cristão e braço direito do pastor Enock. Após orações, militares conseguiram libertar Traoré das mãos dos sequestradores. 
 
Por causa dos constantes ataques dos jihadistas, a maioria dos cristãos em Toubancoura fugiu, resultando no fechamento da igreja ainda em abril de 2025. Sem a presença do pastor, os poucos cristãos que restaram no vilarejo têm medo de cultuar juntos. 
 
De tempos em tempos, o pastor Enock volta a Toubancoura para casamentos, batismos ou funerais. Entretanto, o grupo de vigilantes do vilarejo pede que Enock deixe de ir, com medo de que ele seja sequestrado. 
 

O corpo de Cristo segue unido 

Em maio, parceiros de campo da Portas Abertas visitaram cristãos deslocados pelos ataques na região central do Mali, levando alimentos e recursos aos que mais precisavam. Um total de 42 famílias foram ajudadas durante essa ação. 
 
A família de Enock estava entre as que receberam ajuda emergencial. Os cristãos ajudados ficaram muito gratos, mas pediram que a igreja de todo o mundo continue orando por paz e para que todos os deslocados voltem para suas casas. 
 
“Eu quero voltar ao campo missionário porque ‘a seara é grande, mas os trabalhadores são poucos’. Toda a minha igreja se espalhou como ovelhas sem pastor. Orem para que o Senhor nos dê paz para que a igreja volte a abrir suas portas”, pede o pastor Enock, confiante em continuar seu perigoso ministério com os cristãos em Toubancoura.

Você pode ser a resposta 

São muitas as histórias como as de Enock que nos mostram o quanto a igreja africana precisa de paz. Doe agora qualquer valor e nos ajude a levar alimento, Bíblias, discipulado e cuidados pós-trauma. Seja parte da transformação! 

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