Nenhuma família escolheria criar seus filhos em meio à fome, à guerra e à perseguição se houvesse qualquer alternativa. Ainda assim, esse é o cenário que muitas famílias cristãs enfrentam na Ásia Central.
Proteger as crianças dos perigos diários, manter a esperança em Cristo e ensinar os pequenos a ter essa mesma esperança, quando tudo ao redor parece contribuir contra isso, é uma tarefa difícil.
Na Ásia Central, é preciso permissão especial para ensinar sobre Jesus às crianças, sendo muito comum a proibição de qualquer ensino religioso a menores de 18 anos. Isso faz com que as crianças cristãs se sintam isoladas, pois sua fé deve ser mantida em segredo para garantir a segurança de suas famílias e igrejas secretas.
Felizmente, o Senhor tem dado estratégias para que as crianças o conheçam. Uma delas são os acampamentos de esportes. Eles acontecem em regiões isoladas, como os acampamentos das igrejas brasileiras, por exemplo. Além das crianças, os pais também são convidados a participar.
Em um primeiro momento, não há qualquer menção à palavra de Deus. Durante o dia, as crianças têm diversas atividades esportivas à disposição, mas durante a noite, elas ouvem sobre a salvação em Jesus e aprendem sobre o amor de Deus. Em um contexto de proibição do ensino religioso, essa é uma das únicas oportunidades que crianças não cristãs têm para conhecer o evangelho.
A realidade das crianças cristãs na Ásia Central está longe de se parecer com a que temos em países como o Brasil. Lá, em muitas escolas, por exemplo, há apenas uma criança cristã. Não é incomum ouvir relatos de crianças que são chamadas de espiãs pelos colegas de classe, sofrendo até agressões em alguns casos.
O que nós podemos fazer?
Para acolher esses pequenos cristãos, a Portas Abertas está recebendo desenhos feitos à mão por crianças de todas as idades. Cada desenho será entregue a uma criança cristã da Ásia Central, encorajando-a e fortalecendo sua fé.
Se as crianças conhecem a perseguição desde cedo, elas também precisam saber desde cedo que não estão sozinhas! Queremos mostrar a elas que há outras crianças do mundo todo que oram e se importam genuinamente.