A violência extrema forçou milhares de cristãos nigerianos a fugir
Boko Haram, ISWAP e outros grupos extremistas geram uma crise de violência e de deslocados internos sem precedentes (foto representativa)
Ataques de grupos militantes islâmicos, como Boko Haram e Estado Islâmico da Província da África Ocidental (ISWAP), levaram milhares de nigerianos a fugir de suas casas em busca de segurança. Militantes fulani atacaram comunidades agrícolas (tanto cristãs quanto muçulmanas), incendiando casas e esvaziando essas áreas de pessoas que possuíam a terra há anos.
Essa realidade é evidenciada tanto pela lista de ataques mortais a cristãos na Nigéria quanto pelo relatório de setembro de 2024, divulgado pela Portas Abertas em cooperação com o Instituto Internacional para a Liberdade Religiosa e a Aliança Evangélica Mundial, no qual pesquisadores conversaram com 292 pessoas nos estados de Borno e Plateau, na Nigéria.
“Boko Haram mira pessoas que trabalham com a igreja. Em cada comunidade, eles têm uma lista de pessoas que estão procurando.” Cristão nigeriano
No Estado de Borno, a violência dos militantes islâmicos do ISWAP e do Boko Haram foi a causa esmagadora do deslocamento das pessoas entrevistadas. Ambos os grupos extremistas são movidos por interpretações radicais do islamismo e ambos são abertamente conhecidos por atacar cristãos com violência e expulsá-los da terra.
Cristãos nigerianos vivem uma das piores crises de deslocamento mundial
Um dos entrevistados do estado de Borno falou sobre a violência que forçou sua família a fugir há vários anos. “Boko Haram mira pessoas que trabalham com a igreja. Em cada comunidade, eles têm uma lista de pessoas que estão procurando.”
Mesmo depois de fugir da violência imediata, os deslocados de Borno enfrentam dificuldades contínuas. Muitos deslocados internos entrevistados disseram que sofreram discriminação ao tentar obter ajuda essencial. Alguns se sentiram obrigados a se converter ao islã ou esconder a fé cristã para conseguir ajuda nos acampamentos de deslocados financiados pelo governo.
No estado de Plateau, os pesquisadores descobriram que a maior parte da violência vinha de ataques a comunidades por grupos militantes fulani. Há debates sobre a natureza exata do que alguns desses militantes querem ou sobre as dinâmicas religiosas específicas deles. No entanto, os entrevistados apontaram repetidamente para a realidade da perseguição religiosa.

Acampamento de cristãos deslocados na Nigéria
Um deles disse: “Quando os homens armados vêm atacar, pode-se ouvi-los gritando: ‘Allahu Akbar, que significa Alá é o maior, ou vamos destruir todos os cristãos’.” Alguns entrevistados também disseram que, antes dos ataques, muçulmanos do vilarejo recebiam um aviso dos grupos militantes.
Isso não significa que os muçulmanos também não sejam vítimas nas mãos de militantes fulani, do Boko Haram ou do ISWAP. Mas é evidente que existe um nível de direcionamento contra a comunidade cristã nas últimas décadas. Cristãos são frequentemente deixados à própria sorte, fugindo de uma violência intensa apenas para se verem presos em uma das piores crises de deslocamento do mundo.
Não podemos mais ignorar esse problema. É hora de fazer algo para deter essa crise que parece não ter fim na Nigéria e afeta profundamente os seguidores de Jesus na nação mais mortal para os cristãos.
Quebre o silêncio na Nigéria
A sua voz pode fazer a diferença pelo fim da violência contra cristãos na Nigéria. Doe agora qualquer valor e mostre que nossos irmãos na fé na Nigéria não estão sozinhos.