"Se abortar é um direito da mulher, onde estava o meu direito?", diz sobrevivente de aborto

 Gianna Jessen elogiou o presidente dos EUA, Donald Trump por sua decisão em favor dos sobreviventes de abortos malsucedidos.

Gianna Jessen nasceu com paralisia cerebral após sua mãe biológica tentar abortá-la nos anos 70. (Foto: AP Photo/Pablo Martinez Monsivais)

A sobrevivente de um aborto e ativista pró-vida, Gianna Jessen está elogiando o presidente Donald Trump por assinar uma ordem executiva, garantindo que bebês que sobrevivem a abortos malsucedidos recebam cuidados médicos.

"Obrigada, senhor", disse ela. “Você é de longe o presidente mais pró-vida e comprovadamente pró-vida que já tivemos. Nos últimos tempos, o mais corajoso”

Jessen, que tem paralisia cerebral, devido à tentativa de aborto à qual sobreviveu, expressou que sentiu-se representada pela nova decisão.

“Como alguém que nasceu em uma clínica de aborto e não morreu, quero lhe agradecer. Você é zombado o tempo todo. E eu vou te dizer, eu vou te defender”, afirmou Gianna.

A ativista também reforçou seu apoio a Trump em uma publicação no Twitter.

"Querido @realDonaldTrump, acabei de fazer um live no facebook, agradecendo por sua ordem executiva. Aqui está um vídeo. Nasci em uma clínica de aborto, mas não morri. Tenho paralisia cerebral. Tenho a sensação de que se nos encontrássemos, você me daria seu braço para me apoiar", afirmou.

Histórico

Jessen, nascida milagrosamente na década de 1970, depois que sua mãe biológica passou por um procedimento de aborto com solução salina fracassado, tem sido uma grande defensora do movimento pró-vida.

Anos atrás, ela compareceu ao Comitê Judiciário da Câmara dos Estados Unidos, onde perguntou: “Se abortar é um direito das mulheres, qual era o meu direito?”.

Dirigindo suas dúvidas para a grande rede abortista dos EUA, Planned Parenthood, Jessen passou a dizer:

“Vocês continuamente usam o argumento: ‘Se o bebê for deficiente, precisamos interromper a gravidez’, como se vocês pudessem determinar a qualidade de vida de alguém. Minha vida tem menos valor devido à minha paralisia cerebral?”, questionou.

“Vocês falharam em sua arrogância e ganância, em ver uma coisa: muitas vezes é com os mais fracos entre nós que adquirimos mais sabedoria, algo que falta em nossa nação hoje. E é tanto nossa loucura quanto nossa vergonha que nos cega para a beleza da adversidade”, acrescentou. “A Planned Parenhood usa o engano, a manipulação da linguagem e slogans, como ‘o direito da mulher de escolher’, para atingir seus objetivos monetários”.

Decisão de Trump

Trump anunciou na quarta-feira, durante uma mensagem pré-gravada para o ‘National Catholic Prayer Breakfast’, que ele assinaria uma ordem executiva sobre os “nascidos vivos”.

“Hoje, anuncio que irei assinar o decreto de nascidos vivos para garantir que todos os bebês nascidos vivos, sejam quais forem as suas circunstâncias, recebam os cuidados médicos que merecem”, disse o presidente. “Este é o nosso sacrossanto dever moral”.

Sua ação veio depois que o "Ato de Proteção aos Sobreviventes de Aborto Nascidos Vivos", do o senador republicano Ben Sasse (Nebraska), não foi aprovado no Congresso. Vários estados, entretanto, aprovaram suas próprias versões do projeto de lei.

A legislação ganhou nova atenção em janeiro de 2019, depois que o governador da Virgínia, Ralph Northam (D), aparentemente endossou o que alguns consideraram infanticídio pós-nascimento.

Expressando seu apoio a um projeto de lei estadual que teria codificado o acesso ao aborto até o momento do nascimento, Northam explicou o que poderia ser permitido caso um bebê sobrevivesse a um aborto malsucedido.

Ele disse: "Se uma mãe estiver em trabalho de parto, posso dizer exatamente o que aconteceria. O bebê nasceria. O bebê seria mantido confortável. O bebê seria ressuscitado, se isso fosse o que a mãe e a família desejassem, e então uma discussão aconteceria entre os médicos e a mãe”.

Os comentários do governador foram categoricamente condenados na época como "macabros", "doentios" e "horríveis".

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