Após matar garota em SP, jovem revela à polícia plano de executar cristãos em igrejas

O jovem que matou uma gamer de 19 anos em São Paulo diz fazer parte de grupo de ‘soldados’ contra o cristianismo.

O estudante Guilherme Alves Costa, de 18 anos, acusado da morte de Ingrid Oliveira Bueno da Silva, de 19 anos. (Foto: Reprodução/G1)

Um livro contendo planos para executar cristãos foi deixado por Guilherme Alves Costa, de 18 anos, antes de matar a facadas, na segunda-feira (22), Ingrid Oliveira Bueno da Silva, de 19 anos, em Pirituba, zona norte de São Paulo.

No livro de 52 páginas, Guilherme afirma fazer parte de um “grupo de soldados contra o cristianismo” e disse que, através do crime, pretendia “apresentar nossas ideias e do que somos capazes de fazer”.

De acordo com a Polícia Militar, os jovens teriam se conhecido em um jogo online há pouco mais de um mês e marcado um encontro presencial. O crime aconteceu na casa de Guilherme, que foi preso em flagrante.

Segundo Guilherme, Ingrid, também conhecida como Sol, teria “atravessado seu caminho” ao se negar a realizar um “ataque [contra cristãos]” com ele.

“Participo de um grupo de soldados que estão preparados para fazer a mesma coisa que eu efetuei. Eu não sou o líder do meu grupo, sou apenas um soldado que cumpriu uma missão que lhe foi designada. O meu exército é totalmente sigiloso”, disse em depoimento prestado no 87º Distrito Policial.

“Através deste ataque, vou apresentar nossas ideias e do que somos capazes de fazer. [...] Sejam obedientes e façam tudo que exigirmos, até porque quando um soldado entrar em alguma denominação cristã com uma automática [arma] efetuando diversos disparos contra o crânio de fiéis, não terá um Deus para protegê-los”, diz outro trecho do depoimento.

Ingrid era uma gamer conhecida e integrava a equipe FBI E-Sports de Call of Duty (Cod), um jogo de guerra. Guilherme fazia parte de um time adversário, o Gamers Elite.

Não há informações se a jovem seguia alguma religião ou confirmação da existência desse grupo secreto que promoveria ataques a igrejas evangélicas.

Jovem filmou cena do crime

Um vídeo registrou o momento em que Guilherme foi algemado e admitiu que matou Sol. Aparentando frieza e dando risadas, ele disse que seu estado mental estava apto e que a matou “porque queria fazer isso”.

Logo depois de esfaquear a vítima, Guilherme publicou imagens do corpo de Ingrid ensanguentado nas redes sociais e admitiu ser o autor do crime: “Sou eu no vídeo, vocês estão cegos?”, escreveu na legenda.

Em um vídeo, em seguida, o jovem comenta que seguidores estão achando que as fotos não são verdadeiras.

“Vocês estão achando que é tinta, que é montagem, ou algo do tipo. Mas não, não é [risos]. Eu realmente matei ela, entendeu? Bom, eu tenho um livro também. Pedir para o pessoal tá divulgando esse meu livro e é isso aí. Espero que vocês leiam, tem algumas verdades”, disse o jovem. 

O Ministério Público (MP) emitiu parecer favorável à prisão preventiva de Guilherme. A juíza do plantão judiciário da Barra Funda, Gabriela Bertolli, acatou o pedido por entender que o rapaz é um risco à sociedade, informou a Band.

No despacho, foram mencionadas duas qualificadoras para o crime: motivo fútil e sem chance de defesa para a vítima. Guilherme deve ser ouvido ainda essa semana por um psicólogo forense que vai avaliar suas condições psicológicas.

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