Sem condições básicas, cristãos continuam se escondendo com medo da violência
Pastor Barnabas mostrando o campo de deslocados onde vive, na Nigéria
Neste Dia do Teólogo, celebramos os cristãos perseguidos que se dedicam a estudar e compartilhar a palavra de Deus mesmo em locais onde isso representa risco de vida. Uma dessas histórias de coragem é a do pastor Barnabas, da Nigéria.
Todas as noites, Barnabas dorme em uma tenda improvisada feita de papelão. O espaço não é suficiente para uma cama de casal, mas é ali que ele, sua esposa e três de seus filhos descansam. Como o espaço é pequeno, seus filhos maiores dormem em tendas separadas.
“Não temos acomodações ou uma casa para viver. Nós usamos os materiais que encontramos para construir abrigos e é assim que vivemos. Eu, minha esposa e meus filhos não temos privacidade”, conta o pastor.
Barnabas e sua família vivem em campos de deslocados há anos. Eles foram forçados a fugir de casa quando extremistas atacaram seu vilarejo no estado de Benue, na Nigéria, uma região conhecida pela violência e pela instabilidade.
Por que os cristãos são atacados na Nigéria?
A Portas Abertas conheceu Barnabas no fim de 2023, e ele nos contou sua história e falou sobre as atuais condições de vida de sua família e dos demais cristãos deslocados.
“Não é fácil viver em um campo de deslocados. É um local terrível, sem água, banheiros ou saneamento. Muitas pessoas estão morrendo. Só na semana passada, perdemos oito pessoas neste acampamento”, disse Barnabas na época.
Dois anos se passaram e ele continua vivendo no acampamento. Quando perguntamos ao pastor o motivo, a resposta é clara.
“Descobrimos que esses ataques acontecem porque somos cristãos. Os extremistas querem nos converter ao islã. Quando eles vêm nos atacar, nos chamam de capari, um termo usado para quem não tem religião.”
Para os extremistas, cristãos como Barnabas são considerados infiéis e suas vidas não têm valor. A história do pastor Barnabas não é única. Ele é apenas um dos milhões de cristãos nigerianos que foram deslocados pela violência por seguirem a Cristo.
O fim da violência começa com você
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